segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O prazer de cultivar

Pra quem quer aprender um pouco sobre jardinagem básica, cultivo de ervas e horta doméstica sem ter que ir atrás de livros técnicos, um livrinho super simpático é O prazer de cultivar, de José de Arimateas da Silva e Lisandre Figueiredo de Oliveira, publicado recentemente pela editora Casa da Palavra. É um livro pequeno, quase de bolso, que faz parte de uma coleção que já inclui O prazer de ficar em casa e O prazer de se cuidar. As dicas de plantio e cultivo são realmente boas, e o projeto gráfico do livro chama atenção pelo capricho. Todas as capas da coleção são uma graça, com cenas compostas por objetos em miniatura, e as ilustrações internas, de Joana Penna, são das mais delicadas e simpáticas que eu já vi.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Coleção de árvores

Sementes de Adenanthera pavonina, originária da India e Malásia*

Sementes de Acacia Mangium, originária da Austrália e Malásia*
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Coleciono sementes já há alguns anos mas nunca plantei nenhuma. Hoje, dia da árvore, resolvi que a coleção é linda, mas produzindo fica ainda mais bonita. Escolhi algumas das que mais gosto e plantei em potinhos de iogurte. As vermelhas do alto colhi na rua, num dia que caminhava pelo bairro. As de baixo colhi na casa do meu pai, e além de terem um curioso cabelinho amarelo em zig-zag, nascem dentro de uma escultura incrível, toda espiralada. Preciso descobrir o nome e se vai se adaptar bem em São Paulo.
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*Sementes identificadas com a valiosa colaboração do Sr. Flores Welle.
Adicionado em 7/jan/2010

sábado, 19 de setembro de 2009

Portátil e versátil

Coisa mais fácil de ter em casa é um vaso de manjericão. Você pode plantar uma, duas ou mais variedades juntas (tem o comum, o mini, o roxo, o italiano, o gigante...) e ver crescer uma incrível touceira perfumada. A vantagem da planta em vaso é que pode ser colocada num local de circulação do seu jardim para que você possa sempre passar a mão por ela e sentir o delicioso perfume dessa erva tão versátil. Conforme a planta vai crescendo você usa as podas para preparar molhos pesto, de tomate ou ainda misturar as folhas fescas numa salada verde. Dá também para cortar ramos e usar junto com flores em arranjos dentro de casa. Como a maioria das ervas, ele precisa de pelo menos 3 horas de sol direto todos os dias. Pode ser no quintal, na varanda ou até na janela da área de serviço. Uma dica importante é deixar sempre a planta com poucas flores. Cortar fora a floração faz com que o manjericão se mantenha sempre cheio de brotos novos e com o aroma acentuado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Não perturbe!

Só mesmo os olhos atentos do Neto pra encontrar no meio de toda aquela terra uma minhoca hibernando. É isso mesmo que você leu, minhoca hibernando! Assim que ele me mostrou, era uma bolinha perfeita e bem trançada. Foi o tempo de correr dentro de casa pra pegar a câmera e ela, talvez incomodada com a luz, começou a se desenrolar. Algumas fotos e logo a enterramos outra vez, pedindo desculpas pelo incômodo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ansiedade verde

Se ao invés de semear você preferir adiantar o expediente, é possível comprar mudinhas prontas de alfaces variados, rúcula, agrião da terra, rabanete, espinafre entre muitas outras hortaliças em boas lojas de jardinagem. É muito gostoso assistir sementes germinando, mas se você está com pressa, ansioso pra ver sua horta acontecendo...

As mudinhas acima (e a bandeja de isopor para transportá-las) foram compradas numa casa agrícola em São Paulo. Têm cerca de 15 dias de germinadas.

Primeiro dia: alface lisa e crespa, agrião, rabanete e rúcula foram transplantados para a horta num fim de tarde, quando o sol já não estava mais tão forte. Deve-se regar logo após o transplante e todos os dias a partir daí, de preferência de manhã cedo pra que as hortaliças estejam suficientemente hidratadas para encarar o sol forte do dia.

Quinze dias: Uma das primeiras atividades de todo dia é visitar a horta. Os passarinhos normalmente chegam antes de mim e deixam grandes buracos abertos, de onde tiraram minhocas suculentas. Cavam com tanta força que algumas vezes desenterram as mudas menores!

Vinte e seis dias: tudo já bem crescidinho. Até daria pra fazer um salada de folhas baby bem tenras, mas como a quantidade é muito pequena preferi aguentar um pouco mais e colher verduras mais volumosas. E para quem tem pressa de colher resultados, a hortaliça que não pode faltar na horta é o rabanete. A partir de 28 dias da semeadura já podem ser colhidos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Durante a construção da horta...

... semeei algumas hortaliças. Aliás, descobri que restaurantes da chamada “alta gastronomia” servem pratos enfeitados com brotos frescos de beterraba mais ou menos do tamanho desses da foto (7 dias). E além de bonitinhos, eles têm um sabor muito interessante!

Praticamente todas as hortaliças podem ser germinadas em sementeira e depois transplantadas. As raízes compridas (cenoura e nabo, por exemplo) são as que não aceitam transplante, então devem ser semeadas já no local definitivo seguindo as instruções do pacote de sementes.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cachorro ecológico

Madeiras recuperadas da caçamba do vizinho, serrote, pregos, parafusos, martelo, parafusadeira, furadeira e eu consegui! Construí uma horta-telhado para a casinha de cachorro. A caixa mede 0,80 x 1,00 m e tem profundidade variando de 20 a 28 centímetros, porque o fundo acompanha a inclinação da casinha, que teria um telhado convencional. Por dentro, a caixa vai ser pintada com Neutrol para impermeabilizar a madeira e melhorar a durabilidade, e por fora vai ganhar um verde escuro tipo lousa. O móvel que resgatei pronto (segunda foto do post abaixo, "entulho reciclável") receberá o mesmo tipo de pintura e vai virar jardineira, talvez uma "cenoureira", pelos 50 cm de profundidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

Entulho reciclável



A casa vizinha em obras, móveis velhos e restos de madeira descartados na calçada, e dentro da cabeça uma semente germinando: vontade de começar uma horta.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Primeira leitura

Em meados de 2008 conheci o livro O mundo é o que você come, da escritora americana Barbara Kingsolver. Decididos a mudar de vida, Barbara, o marido e as duas filhas se mudaram para uma fazenda na Virginia com o objetivo de passar um ano se alimentando com o que plantaram, criaram ou compraram de vizinhos. Nada de bananas do sul do continente ou carne congelada do outro lado do país. As feiras de fazendeiros locais, ou mercados do produtor, foram a opção para adquirir o que não puderam produzir ou trocar entre seus amigos. Alimentos fora da estação simplesmente não fizeram parte do cardápio da família. Nesse livro a escritora conta, de forma leve e bem-humorada, as dificuldades, sucessos e aventuras desse ano de agricultura familiar, e traz uma visão inovadora de como podemos comer bem sem termos que nos submeter a uma cadeia alimentar não sustentável, além de mostrar que plantar alimentos em casa, em pequenos quintais ou mesmo em vasos, pode ser muito mais fácil do que imaginamos.
A idéia foi semeada na minha cabeça e ficou em dormência por alguns meses. Poucos.