quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Papel higiênico no vaso sanitário

É uma polêmica. Uns dizem que pode, outros que não pode, mas nada como a opinião de um profissional da área. Saiu no jornal Folha de São Paulo em 28 de junho de 2008, na coluna Dúvidas Éticas do caderno Vitrine:

"Onde devo jogar o papel higiênico: no vaso sanitário ou na lixeira?"

Se o bairro onde você mora tem tratamento de esgoto, jogue o papel no vaso sanitário. "Esse material é feito para se dissolver. Se não for jogado em excesso, não entope os canos e não há consequência para a rede ou o tratamento", diz Hélio Padula, 54, gerente de seviços da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
"O mundo inteiro joga o papel no vaso sanitário. Só aqui temos esse hábito do jogar na lixeira", diz Pedro Alem, 64, professor do departamento de engenharia hidráulica e sanitária da Poli-USP. "Possivelmente, nos lugares onde há avisos para não jogar no vaso, é porque as pessoas não devem jogar só papel", diz.
Mas, se onde você mora não há tratamento de esgoto, o papel vai parar em rios ou córregos, sobrecarregando-os de matéria orgânica para decompor. O melhor, nesse caso, é jogar o papel na lixeira, já que a coleta de lixo deve ser melhor que o sistema de esgoto.
Para a professora de microbiologia da UERJ, Vânia Merquior, 46, a escolha não deve ser feita por preocupação com a saúde. "A contaminação da lixeira não é significativa em termos microbiológicos." Ela explica que as bactérias sobrevivem só por algumas horas e que elas não circulam no ambiente se estiverem no cesto, como acontece, por exemplo, ao se dar descarga com a tampa aberta. "Mas se você jogar o papel no vaso sanitário, há mais chances de evitar o manuseio desse lixo por um terceiro", diz.
Pergunta enviada por Vilma Santos e Vera Roso, de SP.
Reportagem de Cyrus Afshar

Aproveito para dar meu depoimento: já morei em 17 casas e apartamentos diferentes nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, e durante toda a vida eu e minha família jogamos papel higiênico no vaso sanitário. Nunca houve um só episódio de entupimento. Hoje todos são adultos, cada um na sua casa, e continuam jogando papel higiênico no vaso sem problemas. Claro que o bom senso conta muito, como sempre. Grandes quantidades de papel de uma vez só ou qualquer outro tipo de lixo (absoventes, cotonetes, fraldas, etc) são problema na certa, por isso, mantenha uma lixeirinha no seu banheiro para tudo que não deve ir por água abaixo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Menos 800 sacolinhas e aumentando...

Em junho do ano passado, quando minha gata mais velha fez 14 anos, por curiosidade peguei a calculadora para descobrir quantas sacolinhas plásticas joguei no lixo com xixis e cocôs retirados da caixa de areia desde que ela veio para casa, com dois meses de idade. Quase caí para trás com o número 7.665, resultado de uma média de 1,5 sacolinhas por dia (alguns dias gastava 1, em outros 2, poucas vezes 3). Já há tempos vinha pensando que devia arrumar um jeito de substituir o plástico, mas diante desse número a questão virou urgente pra mim. Inventei então um envelope básico, muito simples, feito de jornal e um grampo, e que substitui perfeitamente as sacolinhas. O jornal, aliás, passou a ser o grande substituto do plástico aqui em casa, porque além de se decompor rapidamente no lixo, permite que o que está dentro dele se decomponha também. Já o saquinho plástico não só demora séculos para se desfazer como também atrapalha a degradação do que está dentro, que fica ali hermeticamente fechado durando muito mais do que se estivesse exposto ao ar. Abaixo as fotos do passo a passo do envelope, que demora 2 segundos para ser feito.

Trabalhe com duas, ou se preferir três folhas de jornal juntas. Dobre uma das pontas de baixo para dentro, passando mais ou menos dois dedos da dobra vertical do centro das folhas.

Dobre a outra ponta para dentro, passando também dois dedos do centro para o outro lado.

Vire para cima a pontinha que se formou embaixo e grampeie, para fechar o fundo do envelope.

Acabou, está pronto.

De vez em quando páro 5 minutos, faço diversos envelopes de uma vez e dobro cada um em quatro: um lado sobre o outro e a parte de baixo para cima, como se estivesse dobrando a folha aberta do jornal. Assim tenho sempre um estoque e não preciso fazer todo dia.
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Na hora de usar é só segurar uma das abas para manter a boca do envelope aberta, encher de areia e etc, e no final dobrar tudo, fechando bem antes de colocar na lata de lixo.

E nesse último ano e meio NENHUMA sacolinha plástica foi para o lixo embalando lembranças dos gatos. Já são mais de 800 economizadas.
Em breve mostro outras maneiras de substituir o plástico pelo jornal na hora de embalar lixo.