terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Velas no freezer


Este post não poderia ser classificado como dica ecológica não fosse o fato de te ensinar uma maneira simples de economizar preciosos litros de água e centímetros cúbicos de gás.
Se, como eu, você já ficou no fogão fervendo suportes de vela tentando livrá-los de restos de parafina derretida, sua vida vai mudar: esqueça tudo o que você fazia e passe a colocá-los no freezer por algumas horas.A parafina se contrai quando congela e na maior parte das vezes se solta sozinha do suporte. Se isso não acontecer, uma cutucadinha com ponta de faca até ouvir um tec resolve o problema. Juro.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Menos sacolinhas e menos saquinhos também!

Uma das ótimas surpresas da mudança para o interior foi a descoberta de que nos supermercados daqui já há tempos não se esbanja sacolas plásticas.
Além de ser muito mais comum do que em São Paulo ver compras embaladas em sacolas retornáveis, aqui economiza-se também aquele saquinho de embalar vegetais a granel nos setor de hortifruti.
Clientes e funcionários estão mais do que acostumados a lidar com frutas e legumes dentro de um mesmo saco plástico. O que se faz é pesar cada item separadamente, claro, e então o próprio funcionário da balança vai colocando tudo dentro de um só saquinho e juntando as etiquetas, que são passadas individualmente no leitor do caixa.
O que também se vê muito por aqui é gente abolindo de vez o saquinho plástico e colando a etiqueta direto no vegetal (ou em um "representante" do grupo). Uma vez que tudo é lavado ou descascado, não há prejuízo para a saúde.
No fim das contas, quando isso deixa de ser novidade, a vida segue exatamente como seguia antes de inventarem o plástico. E nós, mais do que adaptados, nem nos lembramos mais que um dia tivemos hábitos diferentes.
Experimente. No começo pode parecer estranho, mas você não vai se arrepender de ter aderido!
Ou você conhece alguém que tentou, não gostou e voltou atrás, enchendo outra vez o lixo de embalagens descartáveis?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Vinagre: 1001 utilidades - parte 4 - Box escorregadio

Sabe quando o piso do box (aquele que venderam para você como antiderrapante!) fica mais escorregadio que bebê ensaboado, tornando arriscadíssima a tarefa de ficar em um pé só para ensaboar o outro?
Então, vinagre nele!
Essa dica é quente e exclusivíssima, inventada, testada e aprovada ontem, aqui nesta verde casa.
Jogue um pouco de vinagre puro no chão do box, espalhe bem e deixe agir por quinze minutos. Antes de enxaguar, esfregue com uma vassoura de piaçava para que o serviço fique ainda mais bem feito.
E está pronto. A acidez do vinagre terá removido do piso os resíduos antigos de shampoo e sabonete, e no próximo banho você já vai poder caprichar na limpeza dos pés outra vez, lavar entre os dedinhos...

Em tempo: só para lembrar, minha dica de vinagre é o branco de álcool, que é incolor e a opção menos fedida entre os disponíveis no mercado.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Família unida e pássaros livres alimentados

Construir um alimentador para pássaros é uma ótima atividade para unir pais e crianças nas férias, principalmente em dias de chuva.
Mais gostoso do que ver besteira na televisão, qualquer recipiente cheio de grãos e frutas é garantia de bons momentos assistindo as visitas da passarada na janela- e isso vale para quem mora em casa ou apartamento lá nas alturas.
Para um alimentador personalizado e com a cara da sua família, experimente improvisar com aquele prato antigo de louça que sobrou sozinho, um prato de plástico para vaso, o velho aramado de guardar frutas e legumes na cozinha (os de três andares então, melhor ainda!)... Ou proponha que cada criança use a criatividade e construa algo a partir de uma casca de coco, por exemplo.

Para este da foto, usei apenas:
- a casca de um coco seco
- barbante
- um graveto achado no chão

As ferramentas (pais, monitoramento e ajuda nessa hora):
- tesoura
- serrinha ou serrote
- furadeira
- broca para madeira da grossura do barbante

Basta cortar o coco e fazer os furos para o barbante de pendurar e para o graveto, que servirá como poleiro. Onde e como, cada um escolhe. O importante é inventar, se virar e se divertir.

E na hora de abastecer o comedor com guloseimas, quanto mais variado melhor, para atender as preferências das diversas espécies que vivem nas redondezas.
Entre as frutas, mamão, banana e laranja são apostas certeiras, mas não deixe de tentar outras também.
Para acertar nos grãos e sementes, uma boa opção é comprar uma mistura pronta para pássaros, fácil de encontrar em qualquer pet shop perto de casa. A ela, também pode-se adicionar flocos de aveia e arroz cozido sem tempero.

Nos primeiros dias, os pássaros, criaturas curiosas porém desconfiadas, provavelmente não vão se aproximar, mas estimule as crianças a manter o alimentador sempre abastecido, porque na hora em que a turma menos esperar... lá estarão eles, e aí é só curtição!
Se for possível, instale também um recipiente para oferecer água sempre limpa e fresca. Os pássaros de cidade muitas vezes tem dificuldades de encontrar água para beber.
E não tenha receio de receber visita de pombos, essa espécie de ave não gosta de frutas. Se por acaso eles aparecerem, foram atraídos pelas sementes e pelo arroz, então é só suspender a oferta desses alimentos. Mas não deixe de tentar oferecê-los; todos vão se surpreender com a variedade de pequenos pássaros granívoros que sempre estiveram por perto mas nunca foram vistos.

E para fazer a atividade render ainda mais, façam juntos um diário das espécies que foram se alimentar na janela, com anotações de dia e horário de cada visita. Mesmo sem saber nomes, é possível anotar uma descrição física do pássaro e até fazer um desenho, de preferência colorido.
Tudo isso depois vira, se não material de pesquisa, histórias de família para lembrar e contar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vinagre: 1001 utilidades - parte 3 - Multiuso caseiro

Há 3 dias ando atrás de uma boa receita de multiuso caseiro.
Pelas páginas da internet descobri que dezenas de sites repetem as mesmas duas ou três fórmulas copiando uns dos outros, reproduzindo até os mesmos erros de português. E para falar a verdade, tive a impressão de que grande parte desses sites nem experimentou fazer o produto que indica.
Só que uma das minhas resoluções de ano novo foi largar de vez o multiuso industrializado, para diminuir meu contato (e dos gatos e cachorros que pisam no chão e lambem as patas) com produtos químicos. E para ter uma embalagem a menos para descartar, mesmo que ela seja reciclável.
Então escolhi uma fórmula e saí para comprar os ingredientes, mas pelas lojas da cidade descobri que não se encontra mais o tal do bórax, que me lembro de ter conhecido na infância. Minha mãe escondia pela casa, dentro de tampinhas de garrafa, uma mistura dele com açúcar para matar baratas.
Pois entrei em todas as (4) farmácias, (3) casas de produtos agrícolas e (4) supermercados, e a maioria das pessoas nem conhece o produto. Mas que fique claro: o bórax não é do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça. Se não me falha a memória, minha infância foi nos anos 80!

Frustrada por não ter conseguido todos os ingredientes para minha experiência a la O Pequeno Químico, voltei ao computador e acabei encontrando uma fórmula mais simples, apenas com água, vinagre, limão e bicarbonato de sódio.
No final das contas, de duas fórmulas fiz uma, substituindo o bórax pelo limão, e cheguei à seguinte receita:

1 litro de água morna
1 colher de sopa de vinagre
1 colher de sopa de sal amoníaco
1 colher de sopa de bicarbonato de sódio
1 colher de sopa de sumo de limão (que entrou no lugar do bórax)
2 colheres de sopa de detergente de louça

Dissolvidos todos os ingredientes na água, dentro de um balde, coloquei a solução num borrifador usado de limpavidros.
Ao que se pode ver a olho nu, funciona bem e não tem deixado manchas nas superfícies limpas. Só senti falta de um perfuminho, então acrescentei algumas gotas de essência de citronela. Ficou ótimo!

Sobre os ingredientes:
- o vinagre, usei o branco de álcool. Entre todas as versões disponíveis no mercado, é o menos fedido.
- quanto ao sal amoníaco, podia jurar que daria voltas ao mundo atrás dele (nunca tinha ouvido falar nisso), mas foi o primeiro pacotinho branco que vi na prateleira de temperos do supermercado. Ele é usado em receitas de bolos, tortas e biscoitos para dar volume e "fofice" nas massas. E também foi ótimo descobrir que se é coisa de comer, não há de fazer mal no contato com a pele.
- o bicarbonato de sódio também está sempre presente junto aos temperos, no mercado, e é encontrado facilmente em farmácias.
- o bórax (que nunca encontrei) parece ter efeito bactericida e inseticida, por isso foi substituído pelo limão, que tem ação semelhante.
- o sumo de limão filtrei num paninho de pia, tipo perfex, para não ter o borrifador entupido. Espremi o limão em cima do paninho mesmo, e já escorreu pra dentro do balde.
- e a essência de citronela veio do petshop. Também pode ser substituída por lavanda, alecrim, tangerina...

Outros detalhes e observações talvez surjam com o uso diário, então volto a tocar no assunto.
E se você experimentar esta ou outra versão de multiuso ou produto de limpeza caseiro, por favor dê seu depoimento!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Verde novo, vida nova

Você sabe que está fazendo a coisa certa quando conta a novidade e todo mundo à sua volta diz "Vá, é a sua cara! Você merece e vai ser muito feliz!"
Não foi fácil encerrar uma história de 18 anos na maior metrópole da américa latina para começar tudo de um jeito diferente em uma mini cidade do interior paulista, mas "estava escrito" e tinha que ser, então deixei para trás os medos de sentir falta da Vida - parte I, empacotei livros, roupas, vasos e vim.
E descobri que todos os que abriram um largo sorriso ao ouvir meus planos de mudança tinham razão.
Na Vida - parte II os dias começam com tucanos nas árvores do quintal

e seguem em meio a muita natureza e delicadas curiosidades.
Tem casca de cigarra nas folhas das orquídeas e nos troncos de árvores,

passarinho que caiu do ninho,

e até os bichos chamados de pragas são enfeitadinhos, para colaborar com a boniteza do lugar.

Os passeios de bicicleta pela redondeza acontecem em cenários de flores, trigo e milho, entre outras culturas.

E claro que a horta doméstica já funciona a todo vapor. Um girassol especial - vindo do museu Van Gogh, em Amsterdan, na mala da Mari - enfeita a plantação de abóboras...

... que já dá os primeiros frutos. Escondidas debaixo das folhas, as surpresas são de uma espécie exótica e decorativa

e de outra linda, brasileiríssima e comestível. Deliciosa, por sinal.


E é daqui, da nova Verde Casa, que a partir de hoje este blog conta novas histórias e descobertas.
Talvez um pouco mais pessoal, e certamente muito mais verde. Novas soluções surgem, novos problemas também.
E a orientação para uma vida cada vez mais consciente e responsável, em termos ecológicos, ainda é o tema principal aqui.
Seja sempre muito bem vindo e não deixe de fazer seu dever de casa!