segunda-feira, 2 de julho de 2012

Chá quente, chá morno, chá frio... muito chá, sempre!


Os dias têm começado acelerados, a lista de coisas a fazer só cresce e, se bobear, até um lindo sítio sombreado por enormes árvores cinquentenárias pode virar fonte de stress e enlouquecer criaturas atarefadas, então... vamos com calma.
Hoje começamos o dia regados a chá de ervas, tentando segurar o ritmo e conter as ansiedades antes que elas se instalem.
Da cozinha vieram pauzinhos de canela e uma rodela de limão, e da horta em vasos foram colhidas, aleatoriamente, alguns punhados de folhas. Nada de receitas, o critério foi oferta e belezura - as espécies mais viçosas pediram para participar e ganharam a preferência; colhemos melissa, hortelã e manjericão.

Como ensina dona Rosy Bornhausen em seu simpático livro As ervas do sítio, os chás de ervas devem ser feitos em infusão, que nada mais é do que esquentar água até que bolinhas começem a se formar e desligar o fogo antes da fervura. Só então deve-se acrescentar as ervas e em seguida abafar por alguns minutos, para que as propriedadas terapêuticas das folhas se incorporem à água.
Dona Rosy ensina também que é sempre melhor usar recipiente de vidro ou porcelana para esquentar a água, que deve ser mineral ou pelo menos filtrada, para diminuir um pouco a ingestão de produtos químicos.

Enquanto a infusão fazia suas mágicas, descobri, consultando o indispensável Plantas medicinais no Brasil, de Harri Lorenzi e F. J. Abreu Matos, que estávamos em boas mãos: melissa é a erva perfeita para quem está precisando dar uma sossegada. Tem propriedades calmantes e combate a insônia, além de ser poderosa contra gripe, bronquite crônica, cefaléias e enxaqueca.
Hortelã e manjericão, por sua vez, são estimulantes digestivos e antiespasmódicos, por isso são recomendados para problemas estomacais, intestinais e hepáticos.
A canela e o limão entraram para participar nos quesitos sabor e aroma, mas também têm suas propriedades medicinais.

No início do dia o chá foi tomado quentinho, e o que sobrar, frio, vai virar refresco para a hora do almoço. Quando esfriam, os chás perdem um pouco do sabor, por isso podem ser preparados com um terço a mais dos ingredientes quando forem consumidos gelados.

A referência básica de quantidades é de 1 colher de sopa de ervas secas ou 2 colheres de ervas frescas picadinhas para cada xícara de água bem quente, mas depois de alguns preparos você vai aprender a medir na palma da mão a quantidade de folhas que deve colher e nem precisará mais picá-las para medir.

E uma boa dica para aproveitar sobras de chás de ervas é congelá-las em forminhas de gelo, para esfriar chás muito quentes sem diluir o sabor da bebida ou mesmo para usar em sucos de frutas. Imagine o suco de abacaxi com gelo de chá de hortelã, uma limonada com gelo de capim-limão ou melissa, refresco de melancia com chá de menta...


7 comentários:

  1. Concordo com tudo que vem do chá, independente das propriedades ele por si só já é reconfortante. Só não bebo gelado no almoço, é quente mesmo, comida quente chá quente. Até o garçom do restaurante onde almoço adquiriu o hábito, da primeira vez que pedi ele me olhou esquisito, resolveu testar e aprovou. Bjs
    Joana

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  2. Um belíssimo livro 'As ervas do sítio'! E chá? Tudo de bom. Adoro, como vier e no sabor que vier. Se não estiver precisando para a cura do corpo, com certeza me cura a alma. E o momento - e o ritual - são especiais. Uma paradinha de puro prazer. Adorei as dicas! Beijos, Angela
    http://noticiasdacozinha.blogspot.com

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  3. Mmm que idéia boa uma limonada com gelo de capim limão.
    Nunca tinha pensado nisso!

    Tudo certo por aí?
    Haja chá pra acalmar os ânimos e nos ajudar a cumprir tudo que a gente planeja, não é não?

    Beijos!

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  4. Hummm adorei a ideia d congelar o cha en forminhas d gelo

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  5. Hummm adorei a ideia d congelar o cha em forminhas d gelo...

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