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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Saindo pra olhar lá fora

Ana Soares, Neide Rigo e Mara Salles
abrindo a aula "O que é que tem de mistura"

Nesse final de semana deixei a vida de sítio pra tomar na veia uma dose de São Paulo, que eu adoro. E apesar de também adorar dirigir em estrada (boa, como a Bandeirantes) ouvindo música no carro, dessa vez tive vontade de ir de ônibus, aproveitando ser levada. Isso tem um pouco clima de filme, acho. A viagem de ônibus, depois o metrô, um taxi pra chegar na casa da Mari, onde fiquei hospedada… Sem falar na economia de dinheiro, de pneu, de combustível, e na curtição de ler em trânsito.

Fui pra assistir aulas no evento Paladar - Cozinha do Brasil. Essa foi a oitava edição e eu nunca tinha ido. Não é o meu ramo mas tem um tanto de coisas interessantes, sem falar no meu motivo principal: aulas da Neide. A Rigo. Do Come-se.

No sábado teve ela junto com a Mara Salles, do Tordesilhas, e a Ana Soares do Mesa 3. Falaram sobre "o que é que tem de mistura", o que vai junto com o arroz e feijão em cada região do Brasil, em cada mesa, em cada família. O termo mistura, que já dá margem a diversas interpretações, mais as memórias afetivas de cada uma - o que a mãe fazia, o que o pai preferia, o que a criança podia, queria e não queria - renderam assunto pra quase duas horas, encerradas solenemente com o privilégio da degustação de tudo o que elas trouxeram para mostrar.

Um tanto de gente tentando se servir
na degustação de misturas

No domingo foi a vez da Neide sozinha (porque ela é espetacular e sobra!) mostrar e falar sobre ervas aromáticas não convencionais. Foi bom demais. Além de interessante a aula foi bonita, porque ela caprichou na apresentação fazendo a bancada de cozinha parecer um balcão de alquimista. Aliás, pareceu não, foi mesmo uma bancada de alquimista, porque ela brincou de acidificar (com limão) uma infusão de flor de feijão borboleta pro líquido ficar lilás, depois voltou o lilás pro azul original misturando bicarbonato de sódio… toda essa química pra mostrar possibilidades de chás e refrescos.

Tinha vidros e frascos de todos os tamanhos acondicionando folhas, flores e frutos, a maioria que a gente nunca nem ouviu falar; e ela falando daquilo com uma intimidade, como se fosse possível encontrar tudo em qualquer esquina. Na verdade quase é, porque muitas das coisas são matos, matos mesmo, desses que nascem em rachadura de calçada em qualquer cidade. A buva, por exemplo, vira um pesto picante delicioso; o picão branco rende um caldinho gostoso que sabe a alcachofra; a erva de santa maria - chamada de epazote no México - pode ser usada no feijão pra diminuir a produção de gases no intestino (o seu intestino, não o do feijão) e o próprio feijão borboleta, que dá o chá azul, parece que agora está na moda nos Estados Unidos, por seus efeitos medicinais. O foco da aula era ervas aromáticas, mas como disse a Neide, praticamente todas as aromáticas também têm efeito medicinal, então usar dá sempre bônus.

E pra não dizer que foi só de ver e ouvir, teve de comer também. Experimentamos mingauzinho de araruta com macassá, pacová - o cardamomo brasileiro - salpicado sobre pedacinhos de abacaxi maduro (espetacular!), refresco de hibisco com gerânio aromático fermentado com kefir de água… vinha um potinho atrás do outro e as pessoas se olhavam com caras maravilhadas, fazendo hums e ohs, curtindo uma novidade atrás da outra.

A Neide e sua bancada de alquimista

Por isso eu adoro fazer cursos. A internet é muito boa, livros são imprescindíveis, mas um bom bate papo ao vivo, ainda mais com demonstração e degustação, têm outro gosto. Literalmente, neste caso. Acho que eu nunca teria experimentado diversas das espécies de "matos" que já li por aí se não fosse num evento assim.

Além disso encontrei as queridas Silvia e Sabrina Jeha, do viveiro Sabor de Fazenda, que não via há tempos, conheci um tanto de gente interessante, combinei de fazer e receber visitas diversas pra conhecer mais lugares novos…

Mudar pro interior é muito bom mas não dá pra ter preguiça de sair pra ver o mundo, senão tudo fica muito pequenininho. Sem falar que São Paulo pode ter todos os piores defeitos do mundo mas também tem muita gente boa, coisa boa, novidade boa...

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Lançamento da linha de terrariums - venha vê-los pessoalmente!


Já pensou em ter um jardim em miniatura com plantas tão pequenas que cabem na palma da mão e que precisam de água uma vez a cada... três meses? Pois isso não só existe como tem nome: terrarium. Para comemorar a entrada da Primavera, no dia 26 de setembro, a partir das 13 horas, a Maria Bonita lança a linha Bothanica Bonita, criada com exclusividade pelas empresárias Carol Costa e Juliana Valentini.

A coleção traz 20 jardins cultivados em vidros artesanais, com destaque para as raras micro orquídeas brasileiras - algumas de flores menores do que a cabeça de um alfinete. "Queremos mostrar um pouco da beleza que está escondida no que resta de Mata Atlântica", explica Carol. Ela ressalta que as plantas não foram coletadas da natureza: vêm de um colecionador que há 40 anos se dedica ao estudo de micro orquídeas. "É uma forma de valorizarmos algumas das joias raras brasileiras, plantas que não se vê nem em exposição", completa Juliana.

Os terrariums da coleção Bothanica Bonita estarão à venda por duas semanas apenas na loja Maria Bonita da rua Oscar Freire.

Quem é Carol Costa
Sócia do site Minhas Plantas, é jornalista e colunista da Rádio Globo SP, onde fala sobre jardinagem. Seus vídeos com dicas sobre orquídeas já foram vistos por mais de 1 milhão de pessoas. Ministra oficinas de cultivo de plantas ornamentais em empresas, condomínios e para grupos interessados no assunto.

Quem é Juliana Valentini
Criadora do site De Verde Casa, é empresária especializada em sustentabilidade. Produz mais de 150 espécies de árvores nativas no Viveiro Oiti, localizado em Holambra (SP), onde trabalha com projetos de reflorestamento em várias regiões do país.

Sobre a Maria Bonita
Fundada em 1975, a marca é, hoje, referência brasileira em estilo, design e inovação. As peças da Maria Bonita são feitas para uma mulher contemporânea, que busca estilo e expressa atitude. As criações modernas, de corte impecável, são sinônimo de exclusividade e elegância.

Informações gerais
Coquetel de lançamento da linha Bothanica Bonita
Data: dia 26 de setembro, das 13h às 20h
Endereço: Rua Oscar Freire, 705, São Paulo (SP)
Entrada: gratuita
Telefone: (11) 3063-3609

Contatos:
Juliana Valentini - juliana@deverdecasa.com

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Preparativos para a festa junina. Ou como fazer bandeirinhas de chita


Meu dever de casa dos últimos dias tem sido a elaboração e a produção de uma festa junina charmosa que vai rolar neste final de semana. Vai ter fogueira, quentão, comidinhas juninas, pescaria com brindes... e tudo feito por nós, evitando o máximo possível comprar pronto. Por que? Ah, porque planejar é uma delícia, fazer é mais gostoso ainda, e ver tudo pronto no final, saído da sua cabeça e das suas mãos, dá um orgulho que só sentindo pra saber.

Comecei a produção pelas bandeirinhas, que não podem faltar, e resolvi fazer tudo de chita. Já que é pra fazer, vamu fazê bunito! A Mari ajudou comprando três estampas diferentes do tecido, pra ficar tudo bem colorido. Segundo ela, em São Paulo, na rua 25 de março, point da mercadoria barata, o metro da chita custa R$ 5,30. Aqui em Holambra e nas pequenas cidades ao redor (Jaguariúna e Artur Nogueira) encontrei a R$ 7,50.


O primeiro passo foi planejar as dimensões no papel, de acordo com os cortes de tecido que compramos. Decidi por 15 cm de altura (mais 2 cm para fazer a dobra que cola no barbante), 13 cm de largura e 6,5 cm no triângulo que forma as pontinhas.


Definidas as medidas, fui dobrando o tecido, fracionando sua largura de 1,40 m até chegar numa tripa de aproximadamente 17,5 cm. São 3 dobras: a primeira já vem de fábrica, dobrada no rolo da loja. O 1,40 m vem dobrado em 70 cm. Depois dobrei no meio de novo, fazendo uma tripa de 35 cm, e dobrei mais uma vez no meio, chegando em 17,5 cm. Deu pra entender? Assim, de cada corte já saem 8 bandeirinhas de uma vez e a produção fica 8 vezes mais rápida.

Daí, usando esquadro e um estilete de lâmina circular, dividi a tripa de tecido dobrado em retângulos de 17 cm de altura (cortando uma beiradinha de um lado e de outro para tirar fora as dobras do tecido) por 13 cm de largura.
 

Com o molde de papel e uma caneta esferográfica marquei o triângulo de baixo em todos os montinhos de 8 retângulos de tecido e depois cortei todos eles com uma tesoura bem afiada. Ferramentas eficientes ajudam muito nesses tarefas. Nada pior do que ficar lutando com uma tesoura que não corta.


Enquanto fazia os cortes descobri que usar uma garrinha dessas de prender papel ajuda muito, mantendo os 8 tecidos unidos. Sem ela você começa a cortar e montinho vai escorregando, fugindo da tesoura. O corte começa certo e termina todo torto.


No final de 3 horas de trabalho produzi 360 bandeirinhas. Cada corte de 2 metros de chita rendeu 120 unidades. Pra não dizer que ficou perfeito, depois de pronto achei que elas poderiam ser um pouco mais longas lá em cima, na parte que vai colada no barbante, pra gente poder dobrar uma abinha com mais folga. Mas tudo bem. Esse tamanho foi o exato para esse rendimento do tecido. Se você quiser seguir as dicas e mudar a altura, refaça o cálculo do tecido.

Terminei de cortar tudo já tarde da noite, mas não aguentei de ansiedade e ainda montei um fio de 4 metros para um test drive. Adoro ver pronto! Usei um barbante de algodão e cola branca, passada com pincel. No dia seguinte, quando amanheceu, o jardim já tinha cara de festa junina.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Carnaval em Holambra


Esse foi só meu segundo ano, mas já sou fã do desfile de Carnaval de Holambra, cidade que tem raízes holandesas mas que desfila mesmo é com espírito de povo brasileiro. Dizem que no ano passado foi melhor, mais animado, mais cheio, mais divertido, mas neste ano notei de novo o que já tinha me chamado a atenção em 2012: aqui quem desfila faz com empenho seu dever de casa. Sejam grandes ou pequenos, os grupos se organizam com meses de antecedência para decidir o que vão desfilar e começar a produzir as fantasias, enfeites e até, em alguns casos, os carros alegóricos. E que produção!

Esse ano, além dos tradicionais blocos dos homens que adoram se divertir vestidos de mulher,


teve a turma da hidroginástica desfilando de uniforme, 


um bloco de lindos palhaços supercoloridos e animados, 




e críticas, muitas críticas à antiga administração:

Carro alegórico "Lugar de palhaço é no circo"
Caricatura da ex-prefeita
Carro alegórico "Vaza Vacareti" desfilando uma vaca e o antigo "primeiro casal" do município
Carro alegórico "Antes e Depois", mostrando de um lado o astral da administração anterior...
...e do outro uma boa dose de esperança na administração atual.

Nas calçadas da rua Maurício de Nassau, gente de todo tipo se diverte...


...assistindo gente de todo tipo sem vergonha de se divertir. É o novo prefeito que desfila de policial, levando algemado alguém da administração anterior,


é a ex-gerente do banco, hoje vereadora, que desfila de flor junto com a molecada,


e os empresários do comércio local, aqueles de quem a gente compra todo dia, numa boa, dando risada na ala dos veteranos, todos vestidos de baiana. Homens acham sempre muita graça em se vestir de mulher. Vai entender!


E para arrematar o desfile com simpatia, voluntários e produtores da região agradecem a presença de todos distribuindo suco, pipoca e flores.



No ano passado fui surpreendida, nesse já sabia o que esperar e no ano que vem aposto que vai ser bom de novo. De sábado a segunda curto um Carnaval não convencional, mas na terça faço questão de assistir o desfile da cidade que orgulhosamente já ando chamando de minha.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Muito além do peso - o filme


Alguma coisa está muito errada quando um menino de oito anos olha para um chuchu e diz "coco?". E uma menina da mesma idade, com um pimentão nas mãos, diz "abacate?".

"Tem criança que nunca viu uma batata, só conhece frita", diz Estela Renner, diretora do filme Muito além do peso. O documentário, que estreia nos cinemas em 16 de novembro, mostra as causas e efeitos de uma das maiores pandemias da modernidade: a obesidade infantil. Dados como
  • o brasileiro come, em média, 51 kg de açúcar por ano
  • 56% dos bebês tomam refrigerante frequentemente antes de completar o primeiro ano de vida
mostram que a falta de educação alimentar está produzindo a primeira geração de crianças com expectativa de vida menor que a de seus pais. É mais uma questão de saúde pública com raízes muito fortes no ambiente doméstico, onde a gente experimenta (ou deveria experimentar) brócolis e cenoura pela primeira vez para, aos poucos, ir educando o paladar. E se os pais não fazem seu dever de casa na educação dos filhos, o resultado é o que se vê hoje em todo o mundo: mais crianças morrendo de obesidade do que de fome.

O filme tem pré-estreia gratuita hoje, às 20 horas, no auditório do parque Ibirapuera. Para garantir seu lugar é preciso retirar o ingresso com uma hora de antecedência. E logo após a exibição haverá um debate com a participação de Frei Betto, Ann Cooper, Amélio Godoy e Estela Renner. Eu vou.

Se você não puder ir assista ao menos o trailler, no site www.muitoalemdopeso.com.br e se programe para ver o filme no cinema. Porque todos nós estamos envolvidos com alimentação e saúde, não estamos?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Feira de orgânicos no Ibirapuera


Agora é para valer. Começa amanhã a feira de produtos orgânicos e agricultura limpa do Ibirapuera. Mais um point de gente que valoriza a compra e a venda de comida limpa, produzida sob preocupações com saúde e meio ambiente. Tudo o que você já ouviu falar sobre alimentos orgânicos, agricultura familiar, comida local e comércio justo estárá lá, para quem quiser por a teoria em prática dentro de casa.

Vá ao menos visitar, prestigiar, bater um papo, tomar um café da manhã gostoso na feira e se deixar contagiar. E aproveite por mim, que morava ao lado do Modelódromo do Ibirapuera quando a feira infelizmente ainda não existia.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fast food para chegar a tempo ao Slow Food


Como acontece sempre, ontem planejei mais coisas em São Paulo do que as distâncias e o trânsito me permitiram realizar. O seminário sobre Slow Food já tinha começado há quinze minutos e eu ainda descia, de barriga vazia, a Brigadeiro Luiz Antonio. O jeito foi entrar em uma das muitas lanchonetezinhas no caminho e pedir alguma coisa rápida, que desse para ir comendo enquanto andava, para não perder muito do evento.

Cheguei quase uma hora atrasada, e já na porta do auditório ganhei um folheto que começava assim:  
O Slow Food foi fundado em 1989 em oposição aos efeitos do fast food e ao ritmo frenético da vida atual,...

De garrafinha plástica e salgadinho de queijo nas mãos, fazendo tudo errado em pleno encontro de especialistas, sentei para respirar, desacelerar o coração e entrar no clima do evento, lendo o resto do folheto:

...ao desaparecimento das tradições culinárias locais, ao interesse cada vez menor das pessoas pela comida, pela origem e pelo sabor dos alimentos e para esclarecer como nossas escolhas alimentares podem ter um impacto no mundo. ... O Slow Food considera a agricultura, a produção de alimentos e a gastronomia segundo um conceito de qualidade do alimento baseado em três pré-requisitos básicos e interconectados:
bom... uma dieta fresca e saborosa, capaz de satisfazer os sentidos e que seja parte da cultura local
limpo... produzido respeitando o meio ambiente e a saúde humana
justo... preços acessíveis para os consumidores e condições e pagamentos justos para os produtores familiares
Acreditamos que todos devam ter acesso ao alimento bom, limpo e justo.

Pois é, o movimento Slow Food é tudo de bom e foi gratificante ver quanta gente tem trabalhado duro em favor da boa alimentação.

Carmen Silvia Carmona de Azevedo, do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo, explicou as inúmeras atribuições da entidade que representa e quantos órgãos e empresas estão envolvidos na mesma discussão.

João Paulo Amaral, do IDEC - Instituto de Defesa do Consumidor - falou sobre os truques e artimanhas que os fabricantes usam para "maquiar" de naturais alimentos quase totalmente artificiais, e sobre a falta de regulamentação no setor, que permite, por exemplo, que sucos de fruta em pó tenham rélis 1% da fruta em sua composição.

Roberto Graziano, Secretário do Abastecimento do Município de São Paulo e coordenador do projeto Feiras Orgânicas explicou a quantas anda a oferta de orgânicos na cidade e as tentativas de aumentar o número de feiras. A de agricultura familiar no Ibirapuera, por exemplo, terá cerca de 40 barracas e está prevista para começar no dia 10 de novembro na região entre o clube Círculo Militar e a Assembleia Legislativa.

Depois da primeira mesa de debates o microfone foi aberto à plateia e diversos representes de organizações puderam contar dificuldades e também bonitas realizações e experiências. E é unânime o chamado para que mais pessoas se envolvam com as mudanças das quais desejam usufruir. Já houve o dia em que não se falava em alimentos orgânicos; hoje já há esta bandeira levantada e só vem crescendo o número de produtores de alimentos sem agrotóxicos no país. Já houve o dia em que não se falava em Slow Food; hoje já existe esse movimento com mais de 100 mil associados em 150 países.

A gente sempre pode escolher entre não fazer nada e se envolver em movimentos que só fazem bem. Ficar em casa olhando tudo de longe é a melhor receita para permanecer sempre à parte, enquanto ir a um seminário, palestra ou encontro sobre qualquer coisa é a melhor maneira de se deixar contagiar e ver que pessoas unidas se fortalecem e fazem as coisas acontecerem.
Se você está naquele clima "gostaria de fazer alguma coisa mas não sei por onde começar"  visite os endereços abaixo, de alguns dos parceiros do Slow Food, e comece a conhecer um pouco mais do assunto. Quem sabe aí você encontra o que te mobiliza. Nunca é tarde, e quanto mais gente, melhor.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Quem se importa - o filme


Quem se importa tem tudo a ver com fazer o seu dever de casa.

Quem se importa é mais que um filme, é um movimento. Foi filmado em 7 países (Brasil, Peru, EUA, Canadá, Tanzânia, Suiça e Alemanha) e conta histórias de pessoas comuns que se tornaram empreendedores sociais, provando que qualquer um de nós pode mudar o mundo. A direção é de Mara Mourão e a narração, de Rodrigo Santoro.

O filme já esteve em cartaz no primeiro semestre de 2012 e infelizmente não entrou em grande circuito, mas nas semanas em que ficou em exibição em alguns cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, entre outras cidades, lotou as salas e gerou grandes grupos de discussão.
A gente sai do cinema querendo ver mais uma, duas vezes, e convencido de que a mudança, em grande ou pequena escala, está mesmo nas mãos de cada um de nós.

Se você mora em São Paulo e tem a noite de amanhã livre, deixe-se contagiar por essa onda. O filme será exibido no Cineclube Socioambiental Crisantempo às 20 horas e tem entrada livre e solidária. Leve 1 kg de alimento e colabore com as instituições parceiras do cineclube.
Esta exibição acontece junto ao lançamento do dvd, que estará disponível para compra a partir de amanhã no site do filme.

Para saber mais, acesse www.quemseimporta.com.br

Quem se importa - quinta-feira, 11 de outubro às 20 horas
Cineclube Socioambiental Crisantempo
Rua Fidalga 521 - Vila Madalena - São Paulo
Tel. (11) 3814-2850
http://www.cineclubesocioambiental.org.br

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Grupos, movimentos e a Horta das Corujas

Foto emprestada do blog da Horta das Corujas

Numa entrevista de 2008 ao Cambridge Programme for Sustainability Leadership, Manfred Max-Neef, autor do livro Human Scale Development (Desenvolvimento na Escala Humana - sem tradução para português), diz que "a consciência se desenvolve na escala humana. Não é algo macro. E, se você vê os movimentos, o que acontece? Cada vez mais um grupo aqui, outro grupo acolá, e um movimento aqui, um movimento social acolá estão começando a desencadear a revolução".

Ao ler este trecho da entrevista, me lembrei imediatamente da Claudia Visoni e dos Hortelões Urbanos, um grupo de jardineiros "amadores" no Facebook que troca ideias e informações a respeito do cultivo de alimentos nas cidades. A Claudia é jornalista e faz parte do grupo de idealizadores da Horta das Corujas, uma horta comunitária recém implantada numa praça da Vila Madalena, bairro de São Paulo. Ela e alguns Hortelões mexeram seus pauzinhos, pás e enxadas e fizeram virar realidade uma ideia comum a todos aqueles que espremem vasos e potinhos com hortaliças nos pequenos quintais das cidades grandes.

Depois de meses de planejamento, germinação de sementes e muita mão na terra, a Horta das Corujas foi inaugurada no último sábado com show de música, lanche comunitário e a presença de mais de 100 pessoas. Para que tudo aquilo se tornasse possível, muita mobilização, bom senso e boa vontade foram necessários: entre outras ações, a Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade doou 80 postes de 1,50 metro de altura que seriam descartados (!), os simpatizantes da horta fizeram vaquinha para a compra de tela e arame e a prefeitura doou a mão de obra para a construção da cerca.

Para a manutenção da horta, os voluntários se dividem em uma escala e cada um é responsável por regar os canteiros em um dia da semana. E como de coisa bonita todo mundo quer participar, as escolas da região já começaram a adotar espaços e planejar aulas e projetos com os pequenos, para estimular o contato das crianças com hortaliças e incluir o tema produção de alimentos nos assuntos do dia a dia.

Daqui para frente a ideia é contagiar os que visitam o local e mostrar que quem realmente quer e se mobiliza consegue realizar um projeto como esse. Para isso, a Horta das Corujas está sempre com os portões destrancados, apostando na consciência do cidadão paulistano. Em entrevista dada ao jornal O Estado de São Paulo, Claudia diz "estamos confiando na capacidade das pessoas de respeitar um projeto assim em um espaço público.

E eu morro de vontade de entrar numa máquina do tempo para, num pulinho ao ano 2042, dar uma espiada na transformação que esse projeto terá causado na cabeça dos moradores da cidade. Certamente as crianças que plantaram na Horta das Corujas serão adultos como a Claudia e os Hortelões Urbanos, e como disse Manfred Max-Neef na entrevista, grupos aqui e movimentos acolá terão causado uma revolução.

Para conhecer mais sobre o projeto e sobre cursos e oficinas que serão ministrados pelos voluntários e colaboradores, visite o site da Horta.
E não deixe de ler o Simplesmente, blog da Claudia sobre ecologia e consumo consciente.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mais um 22 de setembro - Dia Mundial Sem Carro


Neste ano o Dia Mundial Sem Carro (22 de setembro) cai num sábado e, para estimular ainda mais a sua adesão, a prefeitura de São Paulo vai ativar os 72 km de ciclofaixas que normalmente só funcionam aos domingos e feriados. Claro que continuam valendo as outras opções de transporte, como ônibus e metrô, além de andar a pé, mas essa é uma ótima oportunidade para você participar e experimentar fazer seus percursos sobre duas rodas. As ciclofaixas são seguras e a cada dia contam com mais ciclistas; já são 100.000 pessoas usufruindo a cada final de semana.

Há os que gostam de reclamar e dizem que ela atrapalha o trânsito da cidade, mas é inegável que, pelo menos aos domingos e feriados, não se pode mais imaginar a cidade sem essa opção de transporte e lazer. E melhor ainda será quando pudermos dizer que milhares dos que andavam de bicicleta só como curtição agora fazem dela seu meio de transporte oficial. Para que isso um dia se torne realidade, é preciso que aos poucos todos tomem coragem de fazer a sua parte. A prefeitura vai mexendo seus pauzinhos, os motoristas vão se acostumando a ceder espaço e os paulistanos que querem aderir mas ainda sentem medo vão percebendo que as condições são melhores a cada dia.

O jornal Estado de São Paulo desta quarta-feira 19 de setembro traz uma reportagem interessante sobre pessoas que vêm trocando o segundo carro pela bicicleta elétrica, e mostra que esse tipo de bike resolve o problema de quem tem vontade de ir ao trabalho pedalando mas não quer chegar lá todo suado. Elas têm autonomia de até 40 km por carga de bateria, são silenciosas e não poluentes. Se carregadas diariamente (em tomadas comuns mesmo), geram um custo mensal de R$ 30 a R$ 40 de energia elétrica, o que nem se compara a gastos com combustível e estacionamento de quem roda os mesmos 40 km diários em um automóvel. O único investimento mais pesado é o preço, que pode variar de R$ 2 mil a R$ 12 mil. Um dos fatores que fazem com que elas sejam tão caras é o IPI de cerca de 35% (que nas bikes comuns é de 12%) e aí o governo federal também poderia mostrar que está disposto a fazer a sua parte.

Mas seja de bike, de metrô, de ônibus ou a pé, não perca mais uma oportunidade de aderir a uma mobilização internacional que só cresce e que também precisa da sua participação. Tome coragem e planeje um dia diferente. Estude as melhores rotas, recalcule os tempos de percurso e abra sua cabeça para conhecer uma nova maneira de se locomover. Não se esqueça que experimentar é fundamental, e só quem conhece as opções pode criticar com razão e cobrar as mudanças necessárias para fazer da sua cidade um lugar melhor. Para si próprio.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Hortas e paisagismo na Expoflora 2012


Canteiro de hortaliças elevado com mourões de cerca

 Começou, na última quinta-feira, a Expoflora 2012, a maior feira de flores e paisagismo do país. O evento acontece em Holambra - a cidade das flores, 150 km da cidade de São Paulo - e em meio a muitas plantas, comidas e apresentações culturais, está lá o assunto do momento: horta doméstica. Dentro da mostra de paisagismo são muitas as ideias para diversos tamanhos e estilos de canteiros para montar em casa. E o melhor é que na maior parte das vezes as instalações são simples e reaproveitam materiais já usados e descartados, o que torna os projetos baratos e fáceis de implantar.

Mesmo nos casos de recipientes industrializados, como os da foto abaixo, ver de perto os jardins comestíveis é uma boa oportunidade de conhecer alternativas, tamanhos, alturas e distribuições de vasos e canteiros, para ter certeza de que ervas e hortaliças podem ser instaladas em quase qualquer cantinho da sua casa.


Mas claro que as melhores soluções são as que aproveitam pallets inteiros ou desmontados, dormentes e antigos caixotes para elevar canteiros, além de recipientes inusitados para vasos e outros itens de decoração.

Alfaces em caixa feita de madeira de pallet

Ervas em caixas de madeira de pallet

Ervas e hortaliças em canteiros de dormente

Vasos de ervas em estantes de pallet

Ervas em caixas de vinho

Jardineiras de caixa longavida
Suculentas em conchas de ferro


Luminárias de garrafão de vidro

A feira acontece até 23 de setembro, de quinta a domingo das 9 às 19 horas, os ingressos custam R$ 30 por pessoa e mais R$ 20 do estacionamento. Crianças de até 5 anos entram de graça e estudantes e idosos pagam meia.
É programa para o dia inteiro, contando a viagem pelas ótimas rodovias Anhanguera ou Bandeirantes.
Venha com tempo e traga máquina fotográfica.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Seminário sobre compostagem na cidade de São Paulo


A cidade de São Paulo está arregaçando as mangas e realiza, nesta sexta-feira 10 de agosto, um seminário sobre compostagem de resíduos orgânicos. Ótima notícia, porque está passando da hora de tratar com mais consciência a questão do lixo. Mas não basta que só a administração municipal mexa seus pauzinhos, é preciso que toda a população se engaje na causa e participe de verdade, com conhecimento e plena responsabilidade.

Você pode começar a fazer sua parte indo ao seminário. É uma pena que seja num dia de semana, mas se puder comparecer, aproveite; a oportunidade é das melhores para assistir profissionais de órgãos públicos e gente que agita o terceiro setor trocando experiências e analisando a melhor maneira de colocar a mão na massa. Afinal, em algum momento a coisa tem que começar, e tomara que seja já!
O evento é gratuito mas é necessário inscrever-se. Clique aqui e preencha a ficha para formalizar sua presença.

sábado, 2 de junho de 2012

Sustentabilidade


Amanhã, domingo 3 de junho, as dicas, ideias e conceitos que você lê aqui no De Verde Casa serão tema de uma palestra que acontece entre os eventos da Virada Sustentável de São Paulo.
Estarei no Mercado Municipal da cidade, o Mercadão, para uma conversa sobre sustentabilidade no dia a dia, além de sugestões e demonstração de atitudes práticas e mudanças de hábitos. Venha aprender a fazer seu dever de casa!
A palestra é gratuita, você só precisa reservar seu lugar pelo telefone 3228-6363.

E ao longo de todo o fim de semana acontecerão também, no mesmo local e em toda a cidade, centenas de atividades voltadas ao tema sustentabilidade; vale a pena pesquisar na rede o que mais te interessa e conferir pessoalmente.
Maiores informações, clique aqui e consulte o site da Virada.

Quer uma sugestão? Aproveite para ir ao menos à Sabor de Fazenda, viveiro de ervas orgânicas na Vila Maria, que estará aberto no sábado e no domingo. Você pode participar de visitas monitoradas gratuitas para conhecer mais sobre temperos vivos, ervas e seus usos terapeuticos.
Participe!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Para aperfeiçoar seu dedo verde

Rúcula em vaso

A Escola Municipal de Jardinagem do parque Ibirapuera, em São Paulo, está com uma agenda de oficinas imperdíveis no mês de agosto. São todas de três horas de duração - algumas durante a manhã, outras a tarde - e sempre sobre assuntos super interessantes para quem curte jardinagem. Veja:

- Como cuidar de um jardim. Dia 9 de agosto das 9 às 12h.
- Compostagem doméstica. Dia 11 de agosto das 14 às 17h.
- Aprenda a fazer sua horta. Dia 16 de agosto das 9 às 12h.
- Como cultivar plantas dentro de casa. Dia 18 de agosto das 14 às 17h.
- Como fazer um terrário. Dia 22 de agosto das 9 às 12h.
- Ervas aromáticas. Dia 25 de agosto das 14 às 17h.
- Como escolher árvores para áreas públicas. Dia 30 de agosto das 14 às 17h.

O único porém é que são todas em dias de semana, o que impossibilita a presença de quem trabalha em período integral de segunda a sexta.
Participe se puder e, se não tiver as datas disponíveis, manifeste seu interesse em assistir a uma dessas aulas num final de semana.
Sabia que a união faz a força e quando todo mundo se manifesta alguém resolve tomar uma providência?

Para entrar em contato com o pessoal de lá (que aliás é super legal), escreva para oficinasjardim@prefeitura.sp.gov.br ou ligue para 5539-5291

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quatro dias de evento no parque Ibirapuera

Se você mora em São Paulo e vai passar o feriado prolongado na cidade, já tem programação verde para os quatro dias.
É o Planeta no Parque, evento promovido pelo site Planeta Sustentável para mostrar como a sustentabilidade pode ser praticada no nosso dia a dia de um jeito muito natural.
A programação é grande, para adultos e crianças, e inclui show da banda Pato Fu, oficinas de compostagem, reciclagem criativa, como produzir e cuidar de mudas e o lançamento da rádio web Planeta Sustentável, que entrará no ar durante o evento e terá estúdio montado no local.
Para ver tudo o que vai acontecer por lá, clique aqui.