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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Carnaval no jardim

Flores, Arthur (que nem veio pra almoçar mas não resistiu, Marcos e Neide)

No domingo, repetindo pela terceira vez o que eu já chamo de tradição desde a segunda, nos encontramos Neide, Marcos, Flores e eu para ao menos um dia juntos durante o carnaval. Nos anos anteriores fomos ao sítio deles carregados de plantas para enriquecer a diversidade por lá - plantas são o nosso assunto. Desta vez eles vieram a Holambra, no nosso sítio, carregados de comidinhas, folhas e flores secas para chá, frutinhas para sobremesa, maracujá para semear… comidas são o assunto deles.

Não houve muito planejamento, mas eu e Neide trocamos por celular algumas mensagens sobre fazer macarrão caseiro colorido. Minha irmã Mari, a Mariana Valentini da Brodo Rosticceria, fez lindas gravatinhas coloridas para o carnaval que eu só vi pelo Instagram mas que me inspiraram bastante. Comer é uma delícia, e comer comida bonita é melhor ainda. Em boa companhia então…

Pois ficou combinado que almoçaríamos massa. A Neide, sempre muito prática e animada, ofereceu de trazer a máquina e flores azuis de Clitoria ternatea para testarmos a cor na comida. Eu botei na roda a primeira moranga colhida este ano no jardim e beterrabas, assim teríamos três cores no prato.


Só que das caixas vindas da cozinha do blog Come-se saíram muito mais do que ingredientes para chás e macarronada. Veio uma tigelona de coxas de frango para os que comem carne, uma boa fatia de melancia, um punhado de siriguelas, maracujás de duas espécies para sucos e mudas, uma metade de limão siciliano que só hoje encontrei esquecida na geladeira… É interessante como para quem trabalha com comida é tudo muito simples. Rapidinho junta-se uma coisa com outra com outra e com outra e vai a assadeira cheia para o forno. O processador de alimentos (que também veio na mala) em um instante transforma tomate fresco com melancia e temperos em um delicioso gazpacho pra comer como entrada. E enquanto eu fico pensando se é melhor juntar dois disso com três daquilo ou ao contrário, a Neide já bateu a massa de abóbora e eu nem vi como ela fez.

O gazpacho ficou delicioso. Acho que
quero ter um processador de alimentos...

Uns minutos depois já estavam prontas três bolas de massa: a azul clarinha, colorida com flores de Clitoria ternatea; a amarela, feita com abóbora moranga e uma roxinha linda, de beterraba. O próximo passo era instalar a máquina numa superfície grande pra trabalhar, e a despeito das moscas e dos cachorros de plantão, Neide escolheu montar a traquitana toda lá fora, na grama, sob a sombra da Teca.

No melhor estilo gambiarra, com cadeiras viradas sobre a mesa e um pedaço grande de cano de pvc, foi montado um varal para secar os fettuccines, e num minuto em que deixei a cozinha para ir ao banheiro ouvi risadas e fui chamada às pressas. Corre, vem fotografar! Não sei muito bem como aconteceu, mas em questão de segundos a primeira leva de massa de abóbora escorregou do varal de cano e foi parar na grama, e em mais um piscar de olhos os três cachorros devoraram aquilo tudo.


Depois das melhorias no varal para evitar futuras perdas vieram lindos fettuccines azuis e roxos combinando com a camiseta da cozinheira, e comemos nossa macarronada com molhinhos de manteiga e sálvia e de tomate, junto com as coxas de frango e fatias de abóbora assadas com temperinhos da horta. Isso é que é almoço de domingo!



Marcos, o companheiro que acompanha,
espantava moscas e ajudava na produção da massa





Hoje acordei pensando em contrastes.
A massa foi a Neide que fez e o molho fui eu, com tomates pelados de lata mas quase sem processamento industrial. A manteiga era de pacote mas a sálvia é produção da casa. Os corantes da comida eram totalmente naturais: beterraba, abóbora do quintal e flores da horta da Neide. Comemos na mesa sobre a grama, debaixo de uma árvore bonita, com moscas e cachorros por perto, sem muitos problemas.

Agora pense em alguém que more num apartamento. Pode ser você, pode ser eu, que já fui muito urbana. Essa pessoa acorda lá no alto, décimo segundo, vigésimo quinto andar. Olha pela janela só pra saber se faz sol ou se chove e se enfia rápido numa roupa, café solúvel numa mão, bolacha de pacote na outra. Pega o elevador com o vizinho que nem responde o bom dia e aperta o G3, a garagem mais do alto. Entra no carro, afivela o cinto e logo se entala no trânsito; cinquenta minutos pra chegar ao trabalho. O prédio de escritórios fico no topo de um shopping, daqueles com muitos níveis de garagem. De novo o G3. Estacionamento cheio, vaga apertada, elevador lotado, a mesa tomada de pilhas de papel e um monte de e-mails para responder. Na hora do almoço a praça de alimentação salva: um salgado frito com refrigerante diet, porque não vai dar tempo de almoçar direito. De tarde telefone, computador, reunião no ar condicionado, cafezinho da máquina no copinho plástico, mais computador, mais telefone… Acaba o expediente e o dia termina como começou, só que ao contrário: mesa ainda tomada de papéis e os e-mails a responder, elevador lotado, vaga do carro apertada, fila pra passar pela cancela do estacionamento, uma hora e vinte no trânsito até chegar em casa, G3, elevador com os vizinhos… e chega o momento relax: um banho quente (mas rápido por causa do rodízio de água), pijaminha de malha feito de fio de garrafa PET (sustentável) e um jantarzinho leve (salada hidropônica com nuggets de vegetais e um chá gelado, daqueles de misturar o pozinho na água. Sabor pêssego).

Essa pessoa (eu, você, alguém da sua família) não colocou o pé na Terra! Não digo descalço, na terra terra, aquela que tem minhocas, falo do planeta Terra! O dia inteiro se passou no alto, em andares de cimento. Os deslocamentos foram dentro do carro, as garagens eram elevadas, o almoço foi na praça de alimentação do shopping... Essa criatura não pisou numa calçada que seja, muito menos em um só metro quadrado de grama. Capaz que não tenha reparado no céu, não escutou um pio de pomba e nem comida de verdade comeu. Nem bebida de verdade bebeu! E pelo que me consta não inventei nenhum absurdo, nada que eu, você e seus conhecidos não tenhamos feito muitas e muitas vezes em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte…

Antes que você me chame de Pollyanna, deixe-me dizer que não acho que tenhamos todos que nos mudar para ecovilas, plantar nossa própria comida, costurar nossas próprias roupas, vender nossos carros… Adoro dirigir, uso computador todos os dias, tenho pilhas e pilhas de papel sobre a mesa e dezenas de e-mails a responder, mas tenho tentado andar pelo caminho do meio. Planto horta (quando morava em São Paulo plantava em vasos), sento na grama com os cachorros no colo, como comida de verdade feita por mim em oitenta por cento das refeições, boto um tênis e vou correr na rua e tento, diariamente, melhorar minhas escolhas. Já morei em diversos lugares diferentes, já trabalhei com coisas saudáveis e com insalubres também, e a cada dia que passa acho mais importante e prazeroso o contato diário com a Terra. E mais: não conheço ninguém que tenha feito o caminho contrário sem ao menos cultivar um plano de, no futuro, voltar às raízes.

É um caminho sem volta. Quanto mais a gente planta, mais quer plantar. Quanto mais pensa na comida, mais se dedica a fazê-la saudável. Quanto mais põe a mão na terra, senta na grama e corre na rua, mais sente falta disso tudo quando por algum motivo não pode fazer. E tem mais uma coisa bem interessante: a gente começa a se relacionar com pessoas que fazem o mesmo, que pensam igual, que andam pela mesma trilha sem querer voltar pra trás. É o caso da minha amizade com a Neide. Quando eu morava em São Paulo, trabalhava muito perto da casa dela e era um pouco aquela pessoa que não tinha tanto contato com a Terra, a gente não se conhecia. Agora que ficamos amigas, pergunta se eu quero passar um Carnaval sem ela???

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Muito além do peso - o filme


Alguma coisa está muito errada quando um menino de oito anos olha para um chuchu e diz "coco?". E uma menina da mesma idade, com um pimentão nas mãos, diz "abacate?".

"Tem criança que nunca viu uma batata, só conhece frita", diz Estela Renner, diretora do filme Muito além do peso. O documentário, que estreia nos cinemas em 16 de novembro, mostra as causas e efeitos de uma das maiores pandemias da modernidade: a obesidade infantil. Dados como
  • o brasileiro come, em média, 51 kg de açúcar por ano
  • 56% dos bebês tomam refrigerante frequentemente antes de completar o primeiro ano de vida
mostram que a falta de educação alimentar está produzindo a primeira geração de crianças com expectativa de vida menor que a de seus pais. É mais uma questão de saúde pública com raízes muito fortes no ambiente doméstico, onde a gente experimenta (ou deveria experimentar) brócolis e cenoura pela primeira vez para, aos poucos, ir educando o paladar. E se os pais não fazem seu dever de casa na educação dos filhos, o resultado é o que se vê hoje em todo o mundo: mais crianças morrendo de obesidade do que de fome.

O filme tem pré-estreia gratuita hoje, às 20 horas, no auditório do parque Ibirapuera. Para garantir seu lugar é preciso retirar o ingresso com uma hora de antecedência. E logo após a exibição haverá um debate com a participação de Frei Betto, Ann Cooper, Amélio Godoy e Estela Renner. Eu vou.

Se você não puder ir assista ao menos o trailler, no site www.muitoalemdopeso.com.br e se programe para ver o filme no cinema. Porque todos nós estamos envolvidos com alimentação e saúde, não estamos?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fast food para chegar a tempo ao Slow Food


Como acontece sempre, ontem planejei mais coisas em São Paulo do que as distâncias e o trânsito me permitiram realizar. O seminário sobre Slow Food já tinha começado há quinze minutos e eu ainda descia, de barriga vazia, a Brigadeiro Luiz Antonio. O jeito foi entrar em uma das muitas lanchonetezinhas no caminho e pedir alguma coisa rápida, que desse para ir comendo enquanto andava, para não perder muito do evento.

Cheguei quase uma hora atrasada, e já na porta do auditório ganhei um folheto que começava assim:  
O Slow Food foi fundado em 1989 em oposição aos efeitos do fast food e ao ritmo frenético da vida atual,...

De garrafinha plástica e salgadinho de queijo nas mãos, fazendo tudo errado em pleno encontro de especialistas, sentei para respirar, desacelerar o coração e entrar no clima do evento, lendo o resto do folheto:

...ao desaparecimento das tradições culinárias locais, ao interesse cada vez menor das pessoas pela comida, pela origem e pelo sabor dos alimentos e para esclarecer como nossas escolhas alimentares podem ter um impacto no mundo. ... O Slow Food considera a agricultura, a produção de alimentos e a gastronomia segundo um conceito de qualidade do alimento baseado em três pré-requisitos básicos e interconectados:
bom... uma dieta fresca e saborosa, capaz de satisfazer os sentidos e que seja parte da cultura local
limpo... produzido respeitando o meio ambiente e a saúde humana
justo... preços acessíveis para os consumidores e condições e pagamentos justos para os produtores familiares
Acreditamos que todos devam ter acesso ao alimento bom, limpo e justo.

Pois é, o movimento Slow Food é tudo de bom e foi gratificante ver quanta gente tem trabalhado duro em favor da boa alimentação.

Carmen Silvia Carmona de Azevedo, do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo, explicou as inúmeras atribuições da entidade que representa e quantos órgãos e empresas estão envolvidos na mesma discussão.

João Paulo Amaral, do IDEC - Instituto de Defesa do Consumidor - falou sobre os truques e artimanhas que os fabricantes usam para "maquiar" de naturais alimentos quase totalmente artificiais, e sobre a falta de regulamentação no setor, que permite, por exemplo, que sucos de fruta em pó tenham rélis 1% da fruta em sua composição.

Roberto Graziano, Secretário do Abastecimento do Município de São Paulo e coordenador do projeto Feiras Orgânicas explicou a quantas anda a oferta de orgânicos na cidade e as tentativas de aumentar o número de feiras. A de agricultura familiar no Ibirapuera, por exemplo, terá cerca de 40 barracas e está prevista para começar no dia 10 de novembro na região entre o clube Círculo Militar e a Assembleia Legislativa.

Depois da primeira mesa de debates o microfone foi aberto à plateia e diversos representes de organizações puderam contar dificuldades e também bonitas realizações e experiências. E é unânime o chamado para que mais pessoas se envolvam com as mudanças das quais desejam usufruir. Já houve o dia em que não se falava em alimentos orgânicos; hoje já há esta bandeira levantada e só vem crescendo o número de produtores de alimentos sem agrotóxicos no país. Já houve o dia em que não se falava em Slow Food; hoje já existe esse movimento com mais de 100 mil associados em 150 países.

A gente sempre pode escolher entre não fazer nada e se envolver em movimentos que só fazem bem. Ficar em casa olhando tudo de longe é a melhor receita para permanecer sempre à parte, enquanto ir a um seminário, palestra ou encontro sobre qualquer coisa é a melhor maneira de se deixar contagiar e ver que pessoas unidas se fortalecem e fazem as coisas acontecerem.
Se você está naquele clima "gostaria de fazer alguma coisa mas não sei por onde começar"  visite os endereços abaixo, de alguns dos parceiros do Slow Food, e comece a conhecer um pouco mais do assunto. Quem sabe aí você encontra o que te mobiliza. Nunca é tarde, e quanto mais gente, melhor.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Barulho na vizinhança

Quando ainda morava em São Paulo, costumava ser acordada de madrugada por um canto melodioso. Sabiá laranjeira (Turdus rufiventris) era o nome dele.
Sem noção de horário nem adequação, essa figura gosta de começar o dia bem cedinho, ainda no escuro, assoviando um inconfundível turi-turu-turi-turu-turi-turu...tu-tu (por favor, me dê um desconto, porque descrever canto de pássaro não é lá muito fácil).

Sabiá laranjeira

Quando me mudei para a "roça", descobri que tem gente que gosta de cantar ainda mais cedo do que ele, com mais empolgação, mais volume e, para acordar mesmo toda a vizinhança, canta em grupo!

No início não foi muito fácil descobrir quem era porque nunca tinha ouvido aquilo e, meio dormindo, não via nada no escuro nem conseguia memorizar aquele canto de muitas vozes misturadas. De um vizinho ouvi que deveria ser siriema, mas essa eu já conhecia, já tinha ouvido cantar, então sabia que era diferente.

Mas num final de tarde, enquanto trabalhava sozinha na horta em silêncio quase absoluto, tomei um susto quando toda aquela turma da madrugada começou a cantar de uma só vez, em altíssimo e bom som. Era como se um maestro tivesse dito "um, dois e... já!". Parecia Parabéns pra você em festa surpresa.
Pé ante pé, acabei descobrindo diversas Saracura-três-potes (Aramides cajanea) no meio da matinha, andando sob as mesas de plantio do viveiro.

Saracura-três-potes

Elas são lindas, parecem pequenas galinhas pernaltas e de rabinho para cima. O dorso é cinza esverdeado, a barriga é preta, as pernas são vermelhas, o peito é laranja, a cabeça é azul e o bico mistura amarelo na base e verde claro na ponta. Coloridas demais!

Casal de Saracura-três-potes

Até correr para casa e voltar com a câmera, perdi o grupo todo junto, mas consegui registrar imagens suficientes para comparar com as ilustrações do livro Aves brasileiras e plantas que as atraem, de Johan Dalgas Frisch e Christian Dalgas Frisch, e descobrir de quem se tratava.
São mais ouvidas do que vistas, cantam no início e no final do dia e gostam de andar em áreas brejosas e de vegetação densa. O canto é um dueto entre os membros de um par e, às vezes, em coro com vizinhos, dizendo "três potes, um coco, um coco.
Eu não concordo com essa "tradução", mas também não vou me arriscar (de novo!) com onomatopaicas. Para saber mais e ouvir o canto das Saracuras-três-potes, acesse o Wikiaves, site imperdível para quem gosta daqueles que voam.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Em breve, lindas cenouras tortas e coloridas!



Ganhei da Mari, irmã cozinheira, um pacotinho de sementes de cenouras coloridas que é simplesmente o máximo. A seleção de espécies se chama Kaleidoscope Mix e você pode passar vontade visitando o site da Burpee, que tem sementes de hortaliças incríveis, mas não faça pedidos pela internet porque suas sementes serão barradas na fronteira do Brasil pela inspeção sanitária. Eu já tentei. As minhas vieram escondidas numa mala de viagem, mas, por favor, não conte isso para ninguém; é um segredo de irmãs.

Esperei chegar agosto (mês adequado conforme a recomendação do verso da embalagem), preparei um canteiro especial, afofei com capricho a terra adubada e fiz a semeadura. A cartilha internacional do plantio de cenouras é clara: faça pequenas covas no canteiro (1 cm de profundidade) com espaçamento de 30 cm entre elas e coloque de 2 a 5 sementes dentro de cada uma. Mantenha a terra úmida e, depois que os brotos tiverem cerca de 5 cm de altura, faça o raleio arrancando as mudas pequenas e deixando ficar sempre a maior de cada cova.

Até a parte da semeadura tudo bem, foi fácil, mas os brotos começaram a aparecer aos montes, mostrando que praticamente todas as sementes germinaram, e quem disse que agora tenho coragem de fazer o tal do raleio? E se, na hora de escolher quais arrancar, eu estiver descartando justamente as mais lindas? E se não sobrar nenhuma roxa?


Passei dias olhando aquilo tentando tomar coragem, mas que nada. E aí decidi que só dormiria tranquila se salvasse todas, então agora o progama dos finais de tarde é... transplante! Espero o sol baixar - porque apesar de estarmos no inverno os dias têm sido quentes - rego bastante o canteiro para hidratar bem as mudas antes da "mudança" e, com um palito fino, vou soltando cada uma com cuidado, numa espécie de microcirurgia delicada. Numa nova cova bem funda faço o possível para ajeitá-las sem danos, e aí vamos ver.

Sim, eu sei, não existe transplantar cenouras, mesmo brotinhos pequenos, porque é praticamente impossível conseguir reposicionar as raízes tão organizadas e retinhas como elas nasceram no lugar original, então é enorme a chance de cenouras tortas ou mesmo dobradas, mas... e daí? Dentro de 50 dias serão duas as surpresas: a cor e o formato de cada uma. Certamente vai ser bem divertido!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Esta verde casa na revista AnaMaria!

A revista AnaMaria desta semana indicou o De Verde Casa como um dos 7 sites que facilitam sua rotina doméstica.
Clique na imagem para ampliar e ler todas as indicações.
E daqui vão nossos mais sinceros agradecimentos. Muito obrigada!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Socorro!

Estou tendo um surto eco-consumista!
Conheci um site que é a materialização de todos os meus sonhos mais impossíveis!
Até meia hora atrás eu achava que só conseguiria ter plantas diferentes viajando ao exterior e voltando com a mala clandestinamente cheia de sementes de espécies interessantes, mas não!
Veja:













































Abóboras brancas, um modelito de tomate cheio de gomos, milho colorido, vagem cor de rosa, feijão pintadinho de baleia orca...
Vai faltar quintal!

Você tem um espaçinho disponível aí?
Quer brincar de novidade?
Então conheça o site Tabutins, de sementes agroecológicas, e tente ser mais comedido do que eu, que já tenho um carrinho de compras com 22 itens e uma conta astronômica, mas não consigo escolher um só item para cancelar!

PS: todas as fotos deste post são de propriedade do site Tabutins.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Radio Paisagem

É simplesmente o máximo, uma ideia genial!
Um site com os sons dos pássaros característicos dos biomas brasileiros. Mas não cada canto individualmente, e sim uma combinação de cantos e outros sons da floresta, pra você se sentir dentro dela.
Você acessa o site, escolhe uma região do Brasil (Amazônia, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica ou Pampa) e deixa tocando ao fundo, no seu computador, enquanto trabalha, lê, cozinha, relaxa...
Há também, dentro de uma mesma região, a opção de escolher entre diversos arquivos de som montados pelos colaboradores do site. São as Paisagens sonoras. Cada uma editada de maneira a criar uma viagem, uma curtição.
E enquanto você escuta, vão aparecendo na tela os nomes das espécies que estão cantando naquele momento.
É demais mesmo! Não vá fazer outra coisa antes de clicar aqui e ouvir um pouco da paisagem da Caatinga, minha escolhida para esta tarde. Depois passe o mouse pelo mapa e curta outras regiões.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Curtição de férias: grafite natureba!

A ideia é incrível: uma pichação verde com tinta à base de musgo!
Na teoria parece funcionar, e é claro que já estou juntando os ingredientes para experimentar e ver com meus próprios olhos.
Aí vai a receita, tirada desse link, de onde também veio a imagem acima.

Ingredientes:
- 3 punhados de musgo
- 700 ml de água morna
- 2 colheres de sopa de gel para plantas
- 120 ml de leite

Modo de preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador de 2 a 5 minutos, até que adquira a consistência de gel.

Daí é só usar a gororoba para pintar uma superfície de madeira ou concreto áspero (a textura rústica facilita a fixação do musgo), umedecer com borrifos de água uma vez por semana e assistir sua obra de arte surgir aos poucos.
Não parece genial?
Vou experimentar e assim que surgir algo fotografável mostro as imagens.
Alguém mais se habilita?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Timing perfeito

Hoje, pleno dia de finados, a impressora desta verde casa passou desta para melhor.
Se não nos falha a memória foram pelo menos dez anos de bons serviços prestados, tempo que no mundo da informática é considerado praticamente uma eternidade.
Mas como um dia tudo acaba e a vida se recicla, seus restos mortais serão respeitosamente encaminhados a um posto de coleta de equipamentos eletrônicos sem conserto encontrado através do site e-lixo. O projeto é uma iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo em parceria com o Instituto Sérgio Motta para facilitar a sua vida na hora de encaminhar para um local adequado os materias que não devem ser descartados no lixo comum. É só inserir seu CEP na página principal do site e o programa indica, na plataforma do Google Maps, o local mais próximo de você que recebe aparelhos de microondas, som, ar condicionado, baterias, cabos, carregadores, cartuchos, celulares, computadores, estabilizadores, monitores e diversos outros lixos eletro-eletrônicos que você não tem pra onde encaminhar.
Vale a pena adicionar à sua lista de sites favoritos.
PS: infelizmente o site só indica locais de descarte em São Paulo. Por enquanto.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Natureza urbana

Uma horta super charmosa sob um prédio modernoso.
Essa e outras imagens bonitas da natureza nas mais variadas cenas arquitetônicas você encontra no site Urban Greenery.
Pra conhecer diversos lugares mundo a fora e roubar idéias para sua cenografia doméstica.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Colírio

Ramphocelus bresilius - Tiê Sangue macho
Reserva Guainumbi, São Luiz do Paraitinga - SP
setembro de 2010
Foto de Luiz Felipe R. Valentini

Picumnus cirratus - Pica Pau anão barrado
São José dos Campos - SP, setembro de 2010
Foto de Luiz Felipe R. Valentini

As primeiras semanas da primavera são as melhores do ano para sair por aí observando pássaros. A prática, batizada de Birdwatching, é considerada um hobby dos mais ecológicos e ganha cada vez mais adeptos mundo a fora. Já existem, inclusive, pacotes especiais de viagem voltados especificamente para amantes dessa atividade. É possível viajar pelo planeta com grupos formados para observar aves.
De longe, numa olhada rápida, todos os voadores parecem meio iguais, mas munido de uma câmera fotográfica com um pouco de zoom, um binóculo e uma certa dose de paciência você será surpreendido por pequenos seres graciosos, de colorido especial e hábitos curiosos.
Mesmo nos grandes centros urbanos é possível encontrar uma grande variedade de espécies em parques bastante arborizados, e se você mora perto de pequenas florestas, daí tem um prato cheio para aproveitar.
As dicas para não voltar frustrado para casa são:

- saia a campo nas primeiras horas do dia. Aves acordam com o nascer do sol e logo cedo começam a procura por comida. É nessa hora que se mostram mais
- use roupas discretas, de cores como verde e bege, por exemplo, que camuflem você na vegetação
- ficar parado por algum tempo num lugar estratégico como as proximidades de uma árvore frutífera ou um local com água aumentam suas chances
- preste atenção nos pios e cantos e tente seguí-los
- se encontrar um ninho, mantenha-se o mais distante possível e apenas observe. NUNCA mexa nos ovos. Por razões óbvias

Há pouco menos de dois anos, observadores e fotógrafos de aves amadores e profissionais do país começaram a rechear um site criado especificamente para armazenar os registros de espécies feitos principalmente no Brasil. Hoje já são mais de 5.000 colaboradores e 1.633 espécies registradas em 162.405 fotos disponíveis no site, além de mais de 10.000 registros de sons de aves. Até espécies raríssimas dadas como extintas já foram descobertas por essa turma de apaixonados.
Para curtir lindas imagens, incríveis criaturas voadoras e descobrir a que nível de seriedade pode chegar um hobby, acesse o Wikiaves.