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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Lançamento da linha de terrariums - venha vê-los pessoalmente!


Já pensou em ter um jardim em miniatura com plantas tão pequenas que cabem na palma da mão e que precisam de água uma vez a cada... três meses? Pois isso não só existe como tem nome: terrarium. Para comemorar a entrada da Primavera, no dia 26 de setembro, a partir das 13 horas, a Maria Bonita lança a linha Bothanica Bonita, criada com exclusividade pelas empresárias Carol Costa e Juliana Valentini.

A coleção traz 20 jardins cultivados em vidros artesanais, com destaque para as raras micro orquídeas brasileiras - algumas de flores menores do que a cabeça de um alfinete. "Queremos mostrar um pouco da beleza que está escondida no que resta de Mata Atlântica", explica Carol. Ela ressalta que as plantas não foram coletadas da natureza: vêm de um colecionador que há 40 anos se dedica ao estudo de micro orquídeas. "É uma forma de valorizarmos algumas das joias raras brasileiras, plantas que não se vê nem em exposição", completa Juliana.

Os terrariums da coleção Bothanica Bonita estarão à venda por duas semanas apenas na loja Maria Bonita da rua Oscar Freire.

Quem é Carol Costa
Sócia do site Minhas Plantas, é jornalista e colunista da Rádio Globo SP, onde fala sobre jardinagem. Seus vídeos com dicas sobre orquídeas já foram vistos por mais de 1 milhão de pessoas. Ministra oficinas de cultivo de plantas ornamentais em empresas, condomínios e para grupos interessados no assunto.

Quem é Juliana Valentini
Criadora do site De Verde Casa, é empresária especializada em sustentabilidade. Produz mais de 150 espécies de árvores nativas no Viveiro Oiti, localizado em Holambra (SP), onde trabalha com projetos de reflorestamento em várias regiões do país.

Sobre a Maria Bonita
Fundada em 1975, a marca é, hoje, referência brasileira em estilo, design e inovação. As peças da Maria Bonita são feitas para uma mulher contemporânea, que busca estilo e expressa atitude. As criações modernas, de corte impecável, são sinônimo de exclusividade e elegância.

Informações gerais
Coquetel de lançamento da linha Bothanica Bonita
Data: dia 26 de setembro, das 13h às 20h
Endereço: Rua Oscar Freire, 705, São Paulo (SP)
Entrada: gratuita
Telefone: (11) 3063-3609

Contatos:
Juliana Valentini - juliana@deverdecasa.com

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Preparativos para festa junina - parte 2. Garrafinhas para suco


Tem gente que chama de frescura, mas pra mim o nome é certo mimo. 'Inda mais em se tratando de festa junina, onde tudo é feito com capricho e as meninas se empetecam de saias rendadas e tranças amarradas com fita.

Ainda no clima da preparação das bandeirinhas e outras bonitezas, chegou o momento de usar as garrafinhas de leite de coco que venho juntando há quase dois anos. Desde o começo da "coleção" já visualizava esse jeito de servir suco mas ainda não tinha tido oportunidade de experimentar.

É tudo simples e rústico, como pede a festa. A juta tem uns 4 cm  de largura e foi aproveitada de uma embalagem para presente; as tirinhas de chita sobraram do corte das bandeirinhas, e os canudos, único item comprado, vieram do supermercado do bairro.

Se as garrafinhas estão prontas com antecedência, o trabalho de servir durante a festa é o mesmo de encher copos. Com uma jarra e um funil, rapidinho você dá conta do recado. E não tem convidado que não se sirva dizendo ai, que bonitinho...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Preparativos para a festa junina. Ou como fazer bandeirinhas de chita


Meu dever de casa dos últimos dias tem sido a elaboração e a produção de uma festa junina charmosa que vai rolar neste final de semana. Vai ter fogueira, quentão, comidinhas juninas, pescaria com brindes... e tudo feito por nós, evitando o máximo possível comprar pronto. Por que? Ah, porque planejar é uma delícia, fazer é mais gostoso ainda, e ver tudo pronto no final, saído da sua cabeça e das suas mãos, dá um orgulho que só sentindo pra saber.

Comecei a produção pelas bandeirinhas, que não podem faltar, e resolvi fazer tudo de chita. Já que é pra fazer, vamu fazê bunito! A Mari ajudou comprando três estampas diferentes do tecido, pra ficar tudo bem colorido. Segundo ela, em São Paulo, na rua 25 de março, point da mercadoria barata, o metro da chita custa R$ 5,30. Aqui em Holambra e nas pequenas cidades ao redor (Jaguariúna e Artur Nogueira) encontrei a R$ 7,50.


O primeiro passo foi planejar as dimensões no papel, de acordo com os cortes de tecido que compramos. Decidi por 15 cm de altura (mais 2 cm para fazer a dobra que cola no barbante), 13 cm de largura e 6,5 cm no triângulo que forma as pontinhas.


Definidas as medidas, fui dobrando o tecido, fracionando sua largura de 1,40 m até chegar numa tripa de aproximadamente 17,5 cm. São 3 dobras: a primeira já vem de fábrica, dobrada no rolo da loja. O 1,40 m vem dobrado em 70 cm. Depois dobrei no meio de novo, fazendo uma tripa de 35 cm, e dobrei mais uma vez no meio, chegando em 17,5 cm. Deu pra entender? Assim, de cada corte já saem 8 bandeirinhas de uma vez e a produção fica 8 vezes mais rápida.

Daí, usando esquadro e um estilete de lâmina circular, dividi a tripa de tecido dobrado em retângulos de 17 cm de altura (cortando uma beiradinha de um lado e de outro para tirar fora as dobras do tecido) por 13 cm de largura.
 

Com o molde de papel e uma caneta esferográfica marquei o triângulo de baixo em todos os montinhos de 8 retângulos de tecido e depois cortei todos eles com uma tesoura bem afiada. Ferramentas eficientes ajudam muito nesses tarefas. Nada pior do que ficar lutando com uma tesoura que não corta.


Enquanto fazia os cortes descobri que usar uma garrinha dessas de prender papel ajuda muito, mantendo os 8 tecidos unidos. Sem ela você começa a cortar e montinho vai escorregando, fugindo da tesoura. O corte começa certo e termina todo torto.


No final de 3 horas de trabalho produzi 360 bandeirinhas. Cada corte de 2 metros de chita rendeu 120 unidades. Pra não dizer que ficou perfeito, depois de pronto achei que elas poderiam ser um pouco mais longas lá em cima, na parte que vai colada no barbante, pra gente poder dobrar uma abinha com mais folga. Mas tudo bem. Esse tamanho foi o exato para esse rendimento do tecido. Se você quiser seguir as dicas e mudar a altura, refaça o cálculo do tecido.

Terminei de cortar tudo já tarde da noite, mas não aguentei de ansiedade e ainda montei um fio de 4 metros para um test drive. Adoro ver pronto! Usei um barbante de algodão e cola branca, passada com pincel. No dia seguinte, quando amanheceu, o jardim já tinha cara de festa junina.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Móbile interativo do Leleco: chuva colorida


Leleco fez um ano esse dias, e de presente a tia Jumbis fez pra ele uma chuva de gotas coloridas que se escondem dentro da nuvem quando a gente quer brincar de fazer chover.

Continuo na onda de fabricar os presentes que dou e é quase inevitável que eles tenham ecologia ou culinária como tema. Já dei bolo para os vizinhos, pé de tomate para o Nico e pulseirinhas para a Jus, aerium para a Mamma e no último fim de semana Leleco ganhou a chuva.

Tenho no computador uma pasta com imagens de boas ideias que vou encontrando na internet, além de uma estante cheia de livros comprados e presenteados por gente que sabe que sou chegada num trabalho manual. Assim vou juntando referências, e quando preciso de uma luz me ponho a pesquisar nas minhas fontes.

Essa nuvem encontrei na internet feita como um móbile de quarto de criança, mas o Leleco já passou da fase contemplativa e tem dedinhos ágeis, então fiquei com vontade de dar um presente com algum nível de interatividade. Pensei em gotas que se prendem na nuvem com velcro, ensaiei bolsinhos para esconder a chuva e acabei numa nuvem gorda, recheada de paina (deste post aqui), com um compartimento interno de onde se puxam as gotas por fitinhas de cetim.

Registrei algumas etapas da fabricação, mas antes de mostrar já peço desculpas pelas poucas e péssimas fotos feitas à noite, dentro de casa, com a luz horrível da lâmpada do teto. Pelo menos servem para dar uma ideia de como por em prática algo parecido que você invente para suas crianças. Feltro é barato, super versátil, feito em um monte de cores, e com linha e/ou cola você é capaz de construir qualquer coisa que te dê na telha.


Usei cola universal (à venda em qualquer loja de artesanato) para colar duas gotas uma na outra, com a fita de cetim passando entre elas.


 Fiz uma marquinha num papel para manter mais ou menos a mesma distância entre as gotas.


Tudo o que foi colado ficou algum tempo sob um peso, pra ficar firme e bem acabadinho. Depois cortei, em feltro branco, quatro nuvens iguais, e costurei todas juntas só na parte de cima, já que a parte de baixo ficou aberta para esconder as gotas. Prendi as fitas com as gotas entre as duas nuvens do meio.


Depois disso foi só encher a nuvem de cima e a de baixo com paina e costurar individualmente cada uma delas. 


Leleco fez cara de que gostou, mas na festa não deu tempo de entender muito bem como funciona esse negócio de fazer chover. Vamos ter que treinar um pouco...


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Terrarium sem terra = Aerium. Faça um de presente para o dia das mães


Nesse ano as duas mães novatas da família, Mari e Flavinha, vão ganhar presente de dia das mães pela primeira vez. Ambas vieram me dizer que os filhotes estão preparando surpresa na escola, que elas estão ansiosíssimas e que com certeza vão chorar.

Fiquei me lembrando dos presentes que fiz para a minha mãe, quando criança, e da ansiedade de filha que sentia. Será que ela vai gostar, será que vai usar, será que escolhi a cor certa? E claro que até hoje me lembro também de muitas caras de surpresa e orgulho que a mamma fez, mesmo quando o presente era meio torto ou mal acabadinho.

Só que o tempo passa, a gente cresce e começa um tal de comprar presente para o dia das mães. Uma blusa, uma bolsa, um celular novo ou qualquer outra coisa que às vezes ela nem precisa, mas é dia da mãe e a gente que se vire para comprar algo de que ela vá gostar. Não está escrito em lugar nenhum que tem que comprar - as mães sempre se emocionaram com os presentes feitos pelos filhos - mas todo mundo entra nessa onda consumista e esquece que um dia foi diferente: nossos primeiros presentes foram criados por nós mesmos. Eram desenhos, colagens, peças de argila, cerâmicas pintadas... tudo carregado de carinho, dedicação e personalidade.

Então dessa vez, inspirada pelo passado e pela minha própria mãe, que fazia terrariums quando eu era criança (veja neste post), juntei material em casa e montei aeriums, para inovar.

Pense num terrarium sem terra, composto por plantas que vivem de ar e água. Esses são os aeriums. Tilandsias (fala-se tilânsias) são as habitantes desse ambiente que pode parecer inóspito mas é mais do que suficiente para que esse gênero de plantas viva satisfeito e verdejante. Existem mais de 400 espécies de tilandsias, todas com a capacidade de retirar umidade e nutrientes do ar, por isso não precisam de solo para viver. São plantas epífitas mas não parasitas (vivem sobre outras plantas porém não as prejudicam), e se alimentam e se hidratam pelas folhas, portanto suas raízes existem apenas com a função de suporte. Na natureza é comum encontrá-las aderidas a troncos e, nos ambientes urbanos, as tilandsias também se prendem em postes, fios elétricos e antenas. Por que, então, não gostariam de viver em um belo vidro com pedras, pauzinhos e cascas de árvores?

Hoje fiz três aeriums, todos com material reaproveitado, como eram os presentes na época da escola. O vidro maior estava vazio, encostado há um tempão na dispensa. O médio tinha um pouco de areia no fundo e uma vela queimada pela metade. O pequeno guardava um restinho de cúrcuma, que foi para outro vidro menos bonito.


No quintal recolhi cascas de árvores, um pouco de areia, esfagno e substrato para orquídeas de um vaso que desmontei e pedrinhas de diversos tamanhos.Também me lembrei de pegar no armário duas pedras bonitas que um dia roubei de um canteiro, na rua.


Depois saí para coletar as plantas, e essa foi uma das partes mais gostosas. Moro em sítio, então meu passeio foi em casa mesmo, mas você pode ir a um parque munido de alguma embalagem e do olhar bem atento, e certamente encontrará diversas formas de vida vegetal presas às árvores.


Peguei três ou quatro tipos de tilandsias que temos por aqui e mais outros verdinhos que encontrei pelo caminho. No centro da foto acima aparece uma mudinha de orquídea que acabei não usando, e no alto à esquerda estão umas cascas de árvore cobertas de musgo, que gostam de mais umidade que as tilandsias mas resolvi usar assim mesmo, como experiência.


Com tudo reunido, resta soltar a criatividade porém seguindo alguma lógica: embaixo vão sempre as pedras, que são mais pesadas e farão as vezes de solo. Por cima delas pode ir areia num cantinho ou outro, para compor o visual e fazer uma boniteza, mas não é necessário. Por último vêm as plantas, colocadas onde o feeling indicar e sempre apoiadas de alguma maneira, para que fiquem estáveis.

No vidro maior usei duas tilandsias com as raízes enterradas nas pedrinhas do fundo, uma pedra daquelas roubadas na rua, um pedacinho de casca de pinus e um galhinho na vertical, com uma micro-tilandsia presa no alto. Ela já estava grudada nele, eu os encontrei caídos na grama.

Vidro maior visto de frente,

de costas (ou da outra frente)

e de cima.
No vidro médio fiz o fundo com substrato para orquídeas, que tem casquinhas de pinus e pedaços de carvão, coloquei duas tilandsias diferentes (uma presa num pauzinho), a outra pedra roubada na rua e um pedaço grande de casca de árvore (acho que do ipê branco).

Uma frente

a outra frente (com mais cara de costas)

e de cima.



No vidro de tempero fiz a versão mini-aerium, para enfeitar a janela da cozinha. Fundo de pedras, uma casca de árvore com musgo e duas tilandsias bem pequenas.


Uma colher, uma pinça comprida ou palitos de comida japonesa e um pauzinho fino são ferramentas importantes na hora da montagem se os vidros foram longos de boca estreita, e um borrifador é apetrecho fundamental permanente; ele será o regador. Assim como chove lá fora, é preciso repor a umidade dentro do vidro de vez em quando. A frequência vai depender de alguns fatores:

- fundos feitos com cascas de árvore e substrato para orquídeas retêm um pouco de água, portanto podem ser regados menos frequentemente do que fundos feitos com pedras.

- aeriums em vidros fechados praticamente não perdem umidade, mas os abertos e principalmente os montados em vidros de boca larga secam em poucos dias.

- se o aerium é aberto, recebe um pouco de luz solar direta, está em local com ar condicionado, com corrente de ar ou todas as alternativas anteriores, será necessário umedecê-lo com certa frequência. Talvez a cada 5 ou 7 dias.

Normalmente rega-se um aerium uma vez por semana ou uma vez a cada duas semanas, mas tudo depende do quanto de água foi colocado na rega anterior e do quanto evaporou desde então. É preciso observar as plantas, a cor das pedras e das cascas e o estado do vidro por dentro. Se está embaçado ou tem gotinhas de água em algum lugar, ainda não é hora de molhar de novo. Se as pedras e cascas estão escuras, também quer dizer que ainda há umidade por lá.

Quanto à luminosidade, tilandsias gostam de bastante luz difusa e um pouquinho só de sol direto, menos de uma hora por dia. Não mais do que isso porque estão acostumadas com ar fresco, e sol direto esquenta muito, principalmente em casos de aeriums fechados.

Acertados esses detalhes, é um mini jardim facílimo de cuidar. Se sua mãe gosta de plantas e você tem vontade de surpreendê-la com um presente diferente, personalizado e feito por você, arregace as mangas e corra já montar um desses para ela.
A seguir deixo fotos de tilandsias do meu quintal, para te inspirar e ajudar a identificá-las no passeio no parque.






Essa está presa numa haste de ferro da antena de rádio

Este é um líquen, não uma tilandsia, mas se você conseguir
desgrudá-lo ele também pode ir para o seu aerium.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Presentes criativos e carinho à moda antiga


Sempre fui dos presentinhos personalizados, e mais ainda agora, vivendo em sítio, curtindo coisas plantadas, colhidas, feitas... Para a maioria dos amigos e parentes não sei mais sair para escolher um presente. Tudo me parece muito genérico, pasteurizado e repetido, e sempre acabo achando que algo que eu faça com carinho vai ser muito mais bem recebido do que algo de loja. Ou estou perdendo a prática de fazer compras ou estou ficando especialista em inventar presentes feitos por mim. Ou os dois, e que bom!

Hoje de manhã sentei para escrever uma carta à mão, afinal, se um pacotinho vai pelo correio cruzando oceanos para levar um presente, tem que levar junto uma carta à moda antiga, muito mais gostosa de receber do que um e-mail. E que coisa diferente, escrever uma carta no papel. Chega uma hora em que a letra começa a ficar troncha, denunciando que a mão não tem mais costume de escrever algo tão longo. Descobri que perdi a prática e a musculatura adquiridas nas aulas de biologia da professora Ester, quando fazia cadernos gordos, lindos, todos coloridos, anotando sobre células, mitocôndrias, fagocitose...

Das pulseirinhas de linha que tecia na adolescência ainda tenho prática, e fiquei feliz de ter tido a ideia de dá-las de presente acompanhando uma camiseta confortável. Eram o tipo de presentinho que todas as meninas gostavam de ganhar, e ainda hoje as mesmas meninas, já crescidas, curtem um enfeitinho feito à mão, desses de feirinha de praça. Pois foram num pacotinho as pulseiras, a camiseta e uma carta, e a essa hora já começaram a viagem internacional.

***

E no sábado acho que acertei mais um presente diferente, desta vez infantil. Porque se tem uma coisa que anda difícil é escolher presente pra criança. Tudo é eletrônico e funciona sozinho. Você dá o brinquedo, os pais colocam as pilhas e o pequeno fica olhando a coisa brincar. Carrinhos andam por conta própria, bonecos falam e instrumentos tocam ao simples apertar de um botão (quando não é por comando de voz).

Mas a tia aqui se rebelou a vai remar contra a correnteza! Nico fez dois anos e ganhou de mim um regador e um tomateiro. E não foi uma escolha aleatória, não, foram presentes escolhidos a dedo. O regador porque a figura adora água e descobri que também gosta de regar a grama. Foi o que fizemos juntos aqui em casa no final de semana passado. "Tia Jumbis, mais", ele dizia pra mim. E mais, mais, mais, até a barra da calça ficar ensopada, daí paramos pra não levarmos bronca dos pais. O tomateiro foi escolhido por ser hortaliça que produz fácil em vaso, e até dá pra comprar já com frutos (eu não tive a ideia a tempo de plantar um, então comprei). Como Nico é um menino dos espertos (filho de mãe consciente), já conhece e come numa boa cebola, ervilha, brócolis, tomate... Aponta o dedinho, fala o nome e pede mais.

Está ou não está na hora de aprender a cuidar da comida que gosta de comer? Mal é que não vai fazer!


PS: acabei não produzindo um super embrulho mas inventei um jeito curioso de juntar o kit regador + tomateiro. Foi só espetar um arame grosso na terra do vaso e enfiá-lo pelo bico do regador pra conseguir o efeito de uma mão invisível regando a planta. Ele olhou aquele regador levitando, foi logo passando a mão e rumando em direção à torneira, de sorriso no rosto. Já é dos meus.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Carinhos


Sou adepta dos presentes feitos, mais que dos comprados.
Dos presentes vivos, mais que dos inanimados.
Daqueles exclusivos, mais que dos copiados.

Presente gostoso de dar é aquele que faz soar um ooohhhhh.
Um cachecol de tricot, uma planta dentro de um vidro antigo, uma cestinha com a produção da horta, um bolo... são coisas simples que carregam a surpresa de um presente diferente, que certamente encanta mais do que a velha "coisinha que eu comprei pra você, só uma lembrancinha".

Aqui, os vizinhos se ajudam muito e ninguém mede nem cobra favores de volta. Acho que antigamente em todos os lugares era assim, mas tenho certeza que os muros altos e os medos nas grandes cidades foram afastando as pessoas.
Acontece que ultimamente tenho mais pedido do que feito favores, e estava me sentindo em débito com os vizinhos de lá e de cá, então chegou a hora de fazer uma surpresinha para retribuir.

O parâmetro costuma ser a minha própria felicidade (ao dar e ao receber) e esses dias estou para cozinha, então pensei que um bolo de fubá no final da tarde depois de um dia ultra puxado seria tudo de bom. Se ainda por cima fosse entregue quentinho, enfeitado de flores, embrulhado com capricho e acompanhado de um bilhete...

É tudo muito simples, mas fazer com carinho é fundamental.
O bolo (vindo daqui):

3 ovos (4 se forem pequenos)
1 xícara de leite
1 xícara de fubá
1 xícara de farinha de trigo
2/3 de xícara de óleo
1 + 1/2 xícara de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó
2 colheres de sopa de queijo ou de coco ralado (usei coco)
1 colher de sopa de sementes de erva doce (adição minha)

Bata tudo na batedeira ou no liquidificador e despeje em forma untada e polvilhada com fubá.
Leve para assar em forno pré-aquecido a 180 graus (médio-alto) por 40 ou 50 minutos.
O velho teste de espetar a faca e ela sair limpa é uma boa medida.
Espere o bolo esfriar antes de desenformar, para que ele não quebre.

O enfeite de açúcar:
Para figuras "em positivo", como as minhas flores, você pode fazer um desenho em papel e recortar com estilete. Para figuras "em negativo" pode usar qualquer coisa como molde, colocando-as direto sobre o bolo. Vale usar tampinhas de tamanhos variados para fazer bolinhas, usar colheres de café e pequenos garfinhos, desenhar com palitos de dente ou de fósforo...
Açúcar de confeiteiro polvilhado através de uma peneira fininha fazem o resto do serviço.

O embrulho:
Uma folha de celofane embaixo, um retalho de tecido (também pode ser um pano de prato bonito, novinho), outra folha de celofane e o bolo em cima.
Para ter um acabamento melhor fiz o embrulho em duas etapas: primeiro sem amarrar o celofane de fora, e depois juntando ele também, com um laço de fita e retalho de outro tecido.