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terça-feira, 25 de junho de 2013

Como evitar o ressecamento de vasos pendentes. Ou: usando a sacolinha plástica para o bem


Nos objetos do jardim, sempre preferi materiais rústicos e naturais aos plásticos e artificiais. Sei lá, acho que eles têm mais a ver com plantas, natureza, com o "visual botânico", digamos assim. Apesar de já ter comprovado alguns benefícios dos vasos plásticos em relação aos de barro e os de fibras orgânicas, não consigo conviver com aquele visual preto brilhante e nem com os marrons que imitam barro.

Gosto mesmo quando aquele avermelhado da terracota vai ganhando manchas de umidade, e quando o xaxim e a fibra de coco ficam esverdeados de musgo. Tenho sempre a impressão de que ali se forma um micro-bioma, um ambiente cheio de vida espontânea que abriga seres microscópios que eu não vejo mas que estão interagindo com a minha planta. E estão mesmo.

Só que qualquer pessoa com um mínimo de prática com plantas já percebeu que tanto os vasos de barro quanto os de fibras naturais secam muito mais rápido que os de plástico. Se o tempo está quente, seco demais ou ventando, não há rega que dure. Você molha num dia e logo sua planta já te pede mais água. 

Isso acontece porque esses materiais são porosos e permitem que a umidade da terra vá embora facilmente. Às vezes, se estão secos demais, eles funcionam até como esponja, absorvendo a água que deveria ficar na terra, disponível para as raízes. Se você adora regar plantas, tem poucos vasos porosos ou muito tempo disponível, tudo bem. Mas se tempo ou disciplina são artigos raros na sua vida, é batata: suas consciência está sempre pesada porque suas plantas estão secas e não tão bonitas quanto poderiam estar. Assim era eu.

Mas um dia deu os "cinco minutos" e eu combinei comigo mesma que reformaria todos os vasos, trocando a terra antiga por uma novinha e adubada com húmus ou esterco e aproveitaria o embalo pra pintar todos por dentro com impermeabilizante. Falei sobre isso aqui.

Ainda estou nesse movimento, reformando aos poucos os muitos vasos de barro. Só na hortinha de temperos são quinze. No entorno da casa tem outros quinze, mais ou menos. Falta um tanto pra reformar mas tudo bem, é atividade relax, sem data marcada pra terminar.

Só que além dos de barro tenho mais quatro ou cinco de fibra de coco, pendurados, com plantas pendentes, e finalmente de um modelo que eu gosto. Meus preferidos de pendurar eram os de xaxim, feitos a partir do tronco de uma planta nativa do Brasil que se chama Dicksonia sellowiana - nome popular: samambaiaçú. Acontece que depois de muitos anos de extração descontrolada dessa planta, a comercialização dos vasos de xaxim foi proibida para evitar a extinção da espécie, já que para produzir os vasos mata-se o samambaiaçú e nunca houve a preocupação de plantios para reposição. Mas isso é história pra um outro post.

Diante da proibição do xaxim, começaram a aparecer no mercado outras opções de vasos de fibra natural, e certamente os que mais se estabeleceram foram os modelos feitos de fibra de coco. Existem diversas tecnologias de produção e diversos modelos de vasos, mas em todos os casos existe o mesmo problema de ressecamento da terra, assim como acontece nos vasos de barro. Só que os de fibra não dá pra pintar por dentro. 

A solução que encontrei foi forrá-los com uma sacolinha plástico, que faz as vezes da tinta impermeabilizante. Qualquer sacolinha serve, desde que não seja de plástico biodegradável, senão em alguns meses ela se decompõe. É importante encontrar uma sacolinha do mesmo tamanho ou um pouco maior que a parte interna do vaso, pra que a forração fique bem ajustada, e fazer um ou dois furos no fundo, pra que o excesso de água possa pingar para fora.


Neste caso minha primeira opção de sacolinha (na foto acima) ficou um pouco pequena, então acabei trocando por outra maior.


Primeiro abri a sacolinha dentro do vaso e depois cortei a parte das alças um pouco abaixo das bordas da fibra, pra que o plástico não fique aparecendo depois de tudo pronto.


Colocar um pouco de terra no fundo ajuda a fazer a sacolinha parar quieta no lugar. Assim fica mais fácil fazer o corte das beiradas.

Depois é só continuar com o jeito normal de montar vasos: um tanto de terra no fundo, o torrão com a planta e mais terra em volta e em cima para preencher todo o espaço. E assim você tem um vaso de fibra de coco que mantém a umidade da terra como um vaso de plástico. Bingo!

Obs: No caso de vasos pendentes eu não costumo fazer a camada de drenagem abaixo da terra (veja aqui), já que pelo furo do fundo a água pinga livre, sem obstáculos.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Falta atenção, respeito ou bom senso?

Ficar ligado ao que acontece à nossa volta também é parte do processo de desenvolvimento de uma bela e verde consciência crítica. Pensar na melhor maneira de fazer as coisas e na real necessidade de produtos e embalagens é matéria das faculdades de desenho industrial e engenharia de produção, entre outras, mas também deve fazer parte do dia a dia de cada um de nós em todos os momentos da vida.

Não sei bem quando começou a moda, mas de uns tempos para cá a preocupação em manter canudos e guardanapos de lanchonete livres de qualquer contato antes que cheguem ao consumidor final tem ultrapassado as fronteiras do bom senso. Quantas dores de barriga terão sido evitadas (ou mesmo vidas terão sido salvas) depois que se começou a embalar canudos individualmente e guardanapos de dois em dois? Essas embalagens são mesmo necessárias ou estamos lanchando no terreno do desperdício?


Alguns supermercados também mostram que ainda não acordaram para a realidade de que cada um tem sua parte a fazer, e é no setor de hortifruti onde identifica-se as redes que continuam achando que a responsabilidade é dos outros. Ervilhas que o digam.

Muito se fala em evitar o desperdício e o uso irresponsável de matérias-primas, mas as balanças de frutas e legumes são as maiores testemunhas de lojas e consumidores que ainda hoje embalam um mamão papaia, dois limões ou um cacho de bananas em sacos plásticos de 3 litros.
Por quanto tempo ainda será necessário repetir?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Menos sacolinhas e menos saquinhos também!

Uma das ótimas surpresas da mudança para o interior foi a descoberta de que nos supermercados daqui já há tempos não se esbanja sacolas plásticas.
Além de ser muito mais comum do que em São Paulo ver compras embaladas em sacolas retornáveis, aqui economiza-se também aquele saquinho de embalar vegetais a granel nos setor de hortifruti.
Clientes e funcionários estão mais do que acostumados a lidar com frutas e legumes dentro de um mesmo saco plástico. O que se faz é pesar cada item separadamente, claro, e então o próprio funcionário da balança vai colocando tudo dentro de um só saquinho e juntando as etiquetas, que são passadas individualmente no leitor do caixa.
O que também se vê muito por aqui é gente abolindo de vez o saquinho plástico e colando a etiqueta direto no vegetal (ou em um "representante" do grupo). Uma vez que tudo é lavado ou descascado, não há prejuízo para a saúde.
No fim das contas, quando isso deixa de ser novidade, a vida segue exatamente como seguia antes de inventarem o plástico. E nós, mais do que adaptados, nem nos lembramos mais que um dia tivemos hábitos diferentes.
Experimente. No começo pode parecer estranho, mas você não vai se arrepender de ter aderido!
Ou você conhece alguém que tentou, não gostou e voltou atrás, enchendo outra vez o lixo de embalagens descartáveis?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Para que isso?

Na contramão das tendências, as agências de marketing e publicidade resolveram que é tempo de empacotar toda e qualquer correspondência em saquinhos plásticos. Resultado: junto com cada mala direta que eu não pedi para receber, vai para o lixo também uma embalagem que é a mais pura representação do desperdício.
E antes que alguém justifique o envólucro dizendo que é para proteger a correspondência da chuva, gostaria de dizer que minha caixa de correio é fechada e que estamos no inverno, época em que chove em São Paulo uma vez a cada 20 dias, se tanto.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Aprenda a fazer o saquinho de jornal - o video!

Filmado na presença das fiéis testemunhas no caso do saquinho de jornal, eis o video!
Descontando as rápidas firulas de apresentação e fechamento, em menos de um minuto você aprende a fazer o origami gigante e pode parar de pegar sacolinhas para embalar lixo.
Com o saquinho de jornal nas lixeiras do banheiro e da pia da cozinha, você usa um único saco plástico numa lixeira grande e para de jogar fora vários saquinhos pequenos.
Vamos, aperte logo o play!

sábado, 27 de novembro de 2010

Fiéis testemunhas no caso do saquinho de jornal

Hoje é sábado, 27 de novembro de 2010, e se você fizer uma pesquisa no Google, encontrará cerca de 45.900 resultados para "saquinho de jornal".
É isso mesmo, são mais de 45 mil citações ao saquinho de jornal inventado por esta que vos escreve.
Ótimo saber que a ideia foi tão bem aceita, mas péssimo constatar que a maioria dos blogs não sabe de onde vem as fotos nem o texto que está usando para divulgar o saquinho, e consequentemente não cita créditos.

Resumindo, a ópera é a seguinte:
Em dezembro de 2009, juntando a preocupação ecológica com a curtição do origami que me acompanha desde criança fiz, com duas folhas de jornal, uma dobradura originalmente criada para ser um copinho. A intenção era experimentar um "copão" dentro das lixeiras da pia e do banheiro, já que eu não pegava mais sacolinhas plásticas no supermercado. Depois de alguns testes cheguei à conclusão de que funcionava perfeitamente.
Fotografei o passo a passo e postei no então recém criado De Verde Casa, para divulgar a invenção.
Era dia 6 de dezembro de 2009. Você pode conferir o post aqui.

Mas aí aconteceu o que eu nunca imaginei que seria possível: alguém copiou as fotos e o texto explicativo na íntegra, montou um e-mail e deu início a uma corrente que já circulou o país, mas SEM MENCIONAR FONTE NEM CRÉDITOS!
A ideia tem sido muitíssimo bem aceita. Já foi mostrada em alguns programas de televisão, o e-mail "anônimo" continua circulando por aí e milhares de sites atualmente ensinam o passo a passo do saquinho, mas na grande maioria das publicações ele é órfão, ou pior, filho de falsos pais.
Na maior parte das vezes a novidade não é creditada a ninguém, em outros casos variam os nomes de possíveis donos da ideia, mas infelizmente o De Verde Casa é o que menos recebe menções.
Só que, ironicamente, apesar dessa confusão em relação a créditos, as fotos do passo a passo e grande parte do texto explicativo são sempre os originais, feitos por mim aqui nesta verde casa.
Certamente os mais de 45 mil que divulgaram o saquinho de jornal sem créditos não o fizeram por má fé, mas sim por puro desconhecimento da origem, já que o e-mail criado circula sem nome de ninguém nem endereço de blog ou site. Mas infelizmente agora tenho ouvido coisas como "tem certeza que foi você mesmo que criou o saquinho?" ou "enquanto investigamos a autoria da novidade..."!

Então, para acabar com as dúvidas e ajudar nas investigações (!!!), apresento aqui as testemunhas das fotos originais feitas no ano passado, mas com o jornal de hoje, como costuma-se usar nos casos de sequestro para provar que a vítima está viva.
O chão ainda está aqui, assim como a lixeira original, e eu ainda sou a feliz mãe do saquinho de jornal.
Mas desta vez publico as fotos com marca d'água, só por garantia...


Eis o chão do quintal. Lindo tijolado em escama de peixe, onde são fotografadas muitas das experiências feitas por aqui

Simpática lixeirinha de plástico, a mesma do ano passado e dos próximos 400 anos, já que é esse o tempo de decomposição do material

O chão, a lixeira e o jornal (de hoje, porque o do ano passado não guardei. Ninguém avisou que ele seria arrolado como testemunha depois de tanto tempo!)

E o detalhe da data, para que não restem dúvidas
.
Gostaria de deixar claro que esse post é uma brincadeira e que não tenho a intenção de ficar milionária nem famosa com o reconhecimento da invenção, mas que gostaria sim de ter como leitores do De Verde Casa todos que gostaram da ideia, por isso reivindico os créditos.
Afinal, é ou não é para os leitores que se escreve um blog?
.
E mais um detalhe importante: até hoje todos os sites com os quais entrei em contato foram absolutamente simpáticos e atenciosos e imediatamente editaram suas postagens citando este blog. Agradeço a consideração dessas pessoas.

sábado, 25 de setembro de 2010

Saquinho ao vento

Hoje uma amiga me contou que a Ana Maria Braga ensinou a dobradura do saquinho de jornal para lixo no programa Mais Você do dia 8 de setembro último.
Conforme já mencionei em post recente, esse saquinho foi uma das primeiras idéias desta que vos escreve para implementar mudanças de hábitos em casa. Foi também um dos primeiros posts desse blog, em 6 de dezembro do ano passado, como você pode ver aqui.
Um dia, algum leitor do blog copiou as fotos e todo o texto do post, montou um e-mail e começou a divulgar a idéia por aí. Infelizmente não foi levada em consideração a questão de mencionar a fonte da idéia; citar créditos de fotos, texto e criação da novidade.
Esse e-mail tem se espalhado Brasil a fora, conheço muita gente que já recebeu. Algumas pessoas inclusive receberam mais de uma vez, já.
Fico muito feliz com a divulgação, a intenção era mesmo ensinar para o maior número de gente possível para que as sacolinhas de plástico sejam cada vez menos necessárias no dia a dia das casas.
Mas comecei a ficar chateada quando passei a encontrar em blogs variados a divulgação da idéia com as fotos originais, o texto original e o crédito sendo atribuído aos mais variados autores. Infelizmente não há como deter esse e-mail; ele continua sendo repassado pelas pessoas que gostaram da idéia. E infelizmente quem o recebe está perdendo a oportunidade de ser redirecionado ao De Verde Casa para aprender outras novidades e conhecer mais sobre sustentabilidade, ecologia, cidadania, jardinagem, horta caseira, recursos naturais, reciclagem e mais dicas sobre mudanças de hábito, entre outras coisas.
Que bons ventos o levem, então, já que não há o que fazer.
E para assistir a Ana Maria fazendo no programa o saquinho de jornal, que também chegou até ela pelo e-mail sem crédito, clique aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Muito melhor

A essa altura você já deve ter se conscientizado da importância de recolher o cocô do seu cachorro da calçada, certo? Quando sai para o passeio leva sempre uma sacolinha e depois de recolher o serviço leva o embrulho até a lixeira mais próxima. Faz isso automaticamente, sem pensar, já virou um hábito. Legal.
Mas e se, pra melhorar um pouquinho o que já está quase ótimo, você trocar a sacolinha de plástico por um pouco de jornal? Vai depender do tamanho do cachorro e consequentemente do tamanho do cocô que ele faz, mas normalmente uma folha inteira (4 páginas) dobrada ao meio é o suficiente pra recolher o cocô sem praticamente sentir o que você está pegando. Diferente do saquinho, que te deixa sentir a consistência e até o quentinho da coisa. Depois é só embrulhar bem e jogar na lixeira da rua. A única desvantagem é que não tem a alça. Vantagens, aí vão algumas:
- menos uma sacolinha por dia no aterro sanitário (5.475 em 15 anos, vida média de um Poodle)
- por causa da espessura do jornal você tem menos a sensação esquisitinha de pegar o cocô
- usar um dos materiais que se decompõe mais rapidamente no lixo
- permitir que o cocô se decomponha rápido também, porque dentro da sacolinha fechada com um nó ele fica ali, hermeticamente fechado, e fica, fica, fica...
Como em toda mudança, é normal achar estranho no começo, mas nada como boa vontade e um pouco de prática. Você logo se acostuma.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Você consegue...

...sair da farmácia ou do mercadinho com sua comprinha desembalada na mão ou dentro da bolsa? Em compras de produtos pequenos - uma cartela de analgésico, um sabão de coco, um pacote de biscoitos - ganhamos aquelas microsacolinhas de plástico ou pequenos saquinhos de papel e... pra que serve aquilo depois? Será que é mesmo necessário ganhar uma sacolinha pra levar um ou dois produtos? Tome coragem, experimente recusar a embalagem no caixa e leve sua pequena compra na mão, sem vergonha de verem o que você está carregando. Chegando em casa você vai perceber que não foi assim tão esquisito e já vai ter economizado uma embalagem. Daí é só pegar o hábito.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saco é um saco

Enquanto a tv interna do supermercado mostra a campanha Saco é um Saco! - iniciativa do Ministério do Meio Ambiente - eu tento, em vão, pesar uma melancia e um cacho de bananas sem colocá-los dentro de saquinhos. Segundo o funcionário do hortifruti, a orientação da gerência é para que nada ali seja pesado sem estar acondicionado dentro de um saquinho fechado com um nó.
-Mas você não pode colar a etiqueta na casca da melancia e pronto?
-Não, senhora, infelizmente não posso.
-Isso é pra evitar que eu troque a etiqueta de melancia e leve uma pela outra?
-Não sei. Acho que não, porque qualquer pessoa pode fazer isso mesmo com a fruta no saquinho.
-Então?
-São ordens da gerência. Senão depois quem leva a bronca sou eu.
Fui conversar com a gerência, que me respondeu:
-A senhora tem toda razão, inclusive nós nunca demos essa orientação pra nenhum funcionário. Pode deixar que eu vou conversar no setor.
Quase um mês depois, no mesmo supermercado...
-Senhora, não posso pesar o cacho de bananas assim. Vou colocar num saquinho pra senhora.
É ou não é um saco?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dois biscoitos, três embalagens

No domingo, numa cafeteria bonitinha de tarde com a família, sobraram dois biscoitos na cestinha. A garçonete perguntou se queríamos levar e eu disse “quero sim, tem um saquinho de papel, tipo mini saquinho de pão?” Ela respondeu “pode deixar, vou embalar pra vocês”. Distraída, fui conversando pela calçada e esqueci do assunto. Já no carro a Cris me entrega uma sacola: “toma, seus biscoitinhos”. Bobeei, pensei, devia ter ficado junto com a moça e recusado a sacolinha, como sempre. Paciência. Em casa, comecei a desembrulhar. Era uma sacolinha enorme, dentro dela um saco pra 5 pães franceses e dentro dele uma embalagem de plástico com tampa, de diâmetro maior que o de uma laranja.

Não tem jeito, tem que ficar junto vigiando e insistindo que não precisa de tanto papel e plástico. A tendência das lojas ainda é embalar bastante, o máximo possível. E quando você diz que não precisa de tudo aquilo os vendedores respondem “imagina, não custa nada, assim fica bem protegido”. Ainda hoje bastante embalagem representa uma gentileza, um agrado que a loja faz para o cliente. Mesmo quando é exagerada.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Saquinho de jornal

Dia desses, quando recusei a sacolinha plástica numa loja, ouvi da moça do caixa: mas como você faz com o seu lixo? Não foi a primeira vez que me perguntaram isso. A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo? Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:

Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado. Para ver melhor os detalhes, clique na foto para aumentar.

Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.

Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.

Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.

Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:

Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.

Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.

Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:

Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!

É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!

Que tal?

Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Menos 800 sacolinhas e aumentando...

Em junho do ano passado, quando minha gata mais velha fez 14 anos, por curiosidade peguei a calculadora para descobrir quantas sacolinhas plásticas joguei no lixo com xixis e cocôs retirados da caixa de areia desde que ela veio para casa, com dois meses de idade. Quase caí para trás com o número 7.665, resultado de uma média de 1,5 sacolinhas por dia (alguns dias gastava 1, em outros 2, poucas vezes 3). Já há tempos vinha pensando que devia arrumar um jeito de substituir o plástico, mas diante desse número a questão virou urgente pra mim. Inventei então um envelope básico, muito simples, feito de jornal e um grampo, e que substitui perfeitamente as sacolinhas. O jornal, aliás, passou a ser o grande substituto do plástico aqui em casa, porque além de se decompor rapidamente no lixo, permite que o que está dentro dele se decomponha também. Já o saquinho plástico não só demora séculos para se desfazer como também atrapalha a degradação do que está dentro, que fica ali hermeticamente fechado durando muito mais do que se estivesse exposto ao ar. Abaixo as fotos do passo a passo do envelope, que demora 2 segundos para ser feito.

Trabalhe com duas, ou se preferir três folhas de jornal juntas. Dobre uma das pontas de baixo para dentro, passando mais ou menos dois dedos da dobra vertical do centro das folhas.

Dobre a outra ponta para dentro, passando também dois dedos do centro para o outro lado.

Vire para cima a pontinha que se formou embaixo e grampeie, para fechar o fundo do envelope.

Acabou, está pronto.

De vez em quando páro 5 minutos, faço diversos envelopes de uma vez e dobro cada um em quatro: um lado sobre o outro e a parte de baixo para cima, como se estivesse dobrando a folha aberta do jornal. Assim tenho sempre um estoque e não preciso fazer todo dia.
.
Na hora de usar é só segurar uma das abas para manter a boca do envelope aberta, encher de areia e etc, e no final dobrar tudo, fechando bem antes de colocar na lata de lixo.

E nesse último ano e meio NENHUMA sacolinha plástica foi para o lixo embalando lembranças dos gatos. Já são mais de 800 economizadas.
Em breve mostro outras maneiras de substituir o plástico pelo jornal na hora de embalar lixo.