terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dois biscoitos, três embalagens

No domingo, numa cafeteria bonitinha de tarde com a família, sobraram dois biscoitos na cestinha. A garçonete perguntou se queríamos levar e eu disse “quero sim, tem um saquinho de papel, tipo mini saquinho de pão?” Ela respondeu “pode deixar, vou embalar pra vocês”. Distraída, fui conversando pela calçada e esqueci do assunto. Já no carro a Cris me entrega uma sacola: “toma, seus biscoitinhos”. Bobeei, pensei, devia ter ficado junto com a moça e recusado a sacolinha, como sempre. Paciência. Em casa, comecei a desembrulhar. Era uma sacolinha enorme, dentro dela um saco pra 5 pães franceses e dentro dele uma embalagem de plástico com tampa, de diâmetro maior que o de uma laranja.

Não tem jeito, tem que ficar junto vigiando e insistindo que não precisa de tanto papel e plástico. A tendência das lojas ainda é embalar bastante, o máximo possível. E quando você diz que não precisa de tudo aquilo os vendedores respondem “imagina, não custa nada, assim fica bem protegido”. Ainda hoje bastante embalagem representa uma gentileza, um agrado que a loja faz para o cliente. Mesmo quando é exagerada.

2 comentários:

  1. Outro dia aconteceu um trem parecido comigo e deu maior raiva (de mim) de não ter percebido a tempo de ajudar a pessoa a se concientizar que nem eu e muito menos o meio ambiente precisávamos de todo aquele aparato para uma mera sobrinha de comida...

    ResponderExcluir
  2. Pois é, além da falta de consciência (tem gente que AINDA não se importa, ou AINDA acha que esse papo todo é bobagem - e gente "educada", ou ao menos que "tem estudo"), a gente que se importa ainda tem de vencer a vergonha (às vezes o coitado do balconista é tão gentil e sorridente na questão que ele faz de dar uma sacolinha "pra facilitar") e a distração... Por pressa, porque a cabeça está em outro lugar, não avisamos "não precisa sacolinha!" e acabamos descobrindo que uma delas veio junto com o bombom, o livro, a maçã. Melhor que seja resistente, que dê pra usar de novo, de novo e de novo... Eu uso as minhas pra embrulhar o tênis antes de colocar na mala :o)
    Às vezes eu acho que a gente devia sugerir ou pressionar algumas empresas para trocar suas sacolinhas, particularmente inúteis, por sacos de papel. Farmácias, por exemplo, tem uns saquinhos minúsculos em que cabe uma cartela de comprimidos e nada mais. Pra que? Deviam bani-los, não precisa mesmo. Se as pessoas carregam um maço de cigarro na mão, no bolso, solto na bolsa, por que não uma caixa de remédio? E um lugar legal como a Livraria Cultura podia embalar seus livros em papel e não plástico.
    (Adorei o blog, viu? Como era de se esperar :o))

    ResponderExcluir

Muito obrigada por comentar.
E se você não tem um blog nem um endereço no gmail, para enviar seu comentário basta clicar na opção "anônimo", logo abaixo da caixa de texto. Mas, por favor, assine seu nome.