quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

As Ervas na Cozinha

Ganhei de uma amiga nova mas já muito querida um livro delicioso, cheio de histórias simpáticas e receitas simples. Em As Ervas na Cozinha, Rosy Bornhausen continua um trabalho começado anos antes em As Ervas do Sítio (este esgotado em livrarias e difícil de encontrar até mesmo em sebos). O livro agrupa receitas para o verão, outono, inverno e primavera, e ensina como tirar o máximo proveito de ervas, temperos e ingredientes naturais característicos de cada estação, além de contar um pouco de história da alimentação e dar dicas de como servir refeições de maneira elegante e prática. Tudo narrado com muito carinho, simpatia e simplicidade. As ilustrações são de Maria Eugênia, que acertou a mão e enriquece ainda mais as páginas do livro com figuras delicadamente bem humoradas. A editora é Bei.

Acrescentado em 30/dez/09: a boa notícia de fim de ano é que a Editora Bei lançou novamente o livro As Ervas do Sítio, que agora compõe um kit junto com As Ervas na Cozinha, os dois acondicionados numa caixa-luva. Nas boas livrarias da sua cidade.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Manejo ecológico

É só parar de usar veneno e adubos químicos que os bichos começam a frequentar a horta e o jardim. Cada um mais incrível que o outro!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Orquídeas nas árvores

O que fazer com aquela orquídea que você ganhou e nunca mais floresceu sob os seus cuidados?
A cidade de São Paulo vem sendo delicadamente embelezada com um hábito super saudável que cresce entre seus moradores. Por bastante tempo o paulistano jogou nos lixos e caçambas da cidade orquídeas sem flores depois de perder a paciência esperando que elas florescessem outra vez. Conta a lenda que um grupo de porteiros do bairro dos Jardins começou a recolher essas orquídeas e amarrá-las nas árvores das ruas. Pouco tempo depois elas começaram a florescer, já que o habitat natural dessa planta é mesmo o tronco das árvores – grande parte das orquídeas é epífita: vive sobre outro vegetal usando-o apenas como suporte, sem tirar dele seu alimento. Uma parte das raízes se prende aos troncos e algumas vivem aéreas (por isso os vasos para orquídeas têm buracos). Sob a sombra das copas elas se alimentam da umidade do ar e de restos de insetos e folhas que caem e se decompõem sobre as raízes. Assim vivem do jeito que mais gostam e por isso logo florescem.
Foi o que viram os moradores de um simpático edifício na Vila Mariana, em São Paulo. No mês de novembro, caminhando pela rua, me deparei com uma Phalaenopsis incrível, toda florida, e conversando com o porteiro descobri que ela tinha sido colocada na árvore do jardim, sem nenhum sinal de flores, há pouco mais de dois meses. Olhando com mais atenção vi outras cinco orquídeas presas nas árvores do prédio, algumas no final da floração, outras começando botões.
Se você tem orquídeas em casa e não tem conseguido fazem com que elas floresçam, que tal subir numa escada e prendê-la na árvore da sua rua ou prédio? É a maneira mais garantida de ganhar flores uma vez por ano.

Obs: Escolha um lugar mais próximo à copa, de preferência uma forquilha, onde se acumulam restos de folhas e umidade, e para amarrar a orquídea ao tronco use barbante grosso de algodão, fitilho de plástico ou arame encapado, tipo fio de telefone. Cuidado para não apertar muito. Em pouco tempo as raízes da planta se prendem por si próprias e você pode tirar a amarração.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fios e fios

Você joga fio dental no lixinho do banheiro ou ele vai água abaixo pela privada?
Se você respondeu lixinho, parabéns. Já se respondeu água abaixo... O fio dental é uma material fibroso, de decomposição lenta, e as companhias de tratamento de esgoto gastam dinheiro pra retirá-lo da água e jogá-lo no lixo, o mesmo lixo para onde ele já poderia ter ido pelas suas mãos. Junto com milhares de metros de fio dental são recolhidos também milhões de fios de cabelo, que embolados formam redes resistentes onde se prendem gordura e dejetos que vão pelo cano, entupindo tudo. Jogue fio dental e cabelos no lixo e mantenha sempre limpos ralos de chuveiros e pias. Parece pouco, mas ajuda muito!

Às vezes acontece...

Você semeia, rega, cuida, e às vezes ainda acaba desapontado. É comum encontrar alguns (ou todos!) os rabanetes da sua horta rachados. Duas possíveis causas: solo pouco nutritivo ou nematóides na terra. Pelo que já pesquisei por aí é mais provável que seja a segunda opção, que também racha cenouras, beterrabas e raízes em geral. Plantar na horta uma florzinha chamada Tagetes (nome popular Cravo de Defunto), além de enfeitá-la ajuda a combater o ataque desse verme. Aconteceu comigo, e cinco mudas de Tagetes parecem ter acabado com os vermes na minha caixa-horta de 0,8 metro quadrado. Nunca mais tive problemas, e já são 7 meses de horta.
.
Flores de Tagetes

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dois biscoitos, três embalagens

No domingo, numa cafeteria bonitinha de tarde com a família, sobraram dois biscoitos na cestinha. A garçonete perguntou se queríamos levar e eu disse “quero sim, tem um saquinho de papel, tipo mini saquinho de pão?” Ela respondeu “pode deixar, vou embalar pra vocês”. Distraída, fui conversando pela calçada e esqueci do assunto. Já no carro a Cris me entrega uma sacola: “toma, seus biscoitinhos”. Bobeei, pensei, devia ter ficado junto com a moça e recusado a sacolinha, como sempre. Paciência. Em casa, comecei a desembrulhar. Era uma sacolinha enorme, dentro dela um saco pra 5 pães franceses e dentro dele uma embalagem de plástico com tampa, de diâmetro maior que o de uma laranja.

Não tem jeito, tem que ficar junto vigiando e insistindo que não precisa de tanto papel e plástico. A tendência das lojas ainda é embalar bastante, o máximo possível. E quando você diz que não precisa de tudo aquilo os vendedores respondem “imagina, não custa nada, assim fica bem protegido”. Ainda hoje bastante embalagem representa uma gentileza, um agrado que a loja faz para o cliente. Mesmo quando é exagerada.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Papel alumínio X papel manteiga

Uma boa ideia na hora de levar algum alimento ao forno é proteger a assadeira com papel alumínio, certo? Fica mais fácil desenformar e facilita muito a hora de lavar a forma.
Mas reciclar o alumínio depois disso nem pensar, afinal ele sai imundo, engordurado, todo grudado. Você já experimentou substituí-lo por papel manteiga? Ele protege a forma da mesma maneira, pode ser untado com óleo, azeite ou manteiga se for necessário, pode ser usado para cobrir os assados no forno ou os alimentos na geladeira da mesma maneira que se usa o alumínio, e ainda tem a vantagem de se degradar MUITO mais rapidamente no lixo além de poder ser levado ao microondas sem risco de faíscas no interior do aparelho. Também elimina a polêmica "lado brilhante para fora ou para dentro" e é super fácil de encontrar para comprar. No supermercado os dois costumam estar na mesma gôndola e tem preços semelhantes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Saquinho de jornal

Dia desses, quando recusei a sacolinha plástica numa loja, ouvi da moça do caixa: mas como você faz com o seu lixo? Não foi a primeira vez que me perguntaram isso. A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo? Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:

Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado. Para ver melhor os detalhes, clique na foto para aumentar.

Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.

Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.

Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.

Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:

Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.

Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.

Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:

Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!

É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!

Que tal?

Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Papel higiênico no vaso sanitário

É uma polêmica. Uns dizem que pode, outros que não pode, mas nada como a opinião de um profissional da área. Saiu no jornal Folha de São Paulo em 28 de junho de 2008, na coluna Dúvidas Éticas do caderno Vitrine:

"Onde devo jogar o papel higiênico: no vaso sanitário ou na lixeira?"

Se o bairro onde você mora tem tratamento de esgoto, jogue o papel no vaso sanitário. "Esse material é feito para se dissolver. Se não for jogado em excesso, não entope os canos e não há consequência para a rede ou o tratamento", diz Hélio Padula, 54, gerente de seviços da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
"O mundo inteiro joga o papel no vaso sanitário. Só aqui temos esse hábito do jogar na lixeira", diz Pedro Alem, 64, professor do departamento de engenharia hidráulica e sanitária da Poli-USP. "Possivelmente, nos lugares onde há avisos para não jogar no vaso, é porque as pessoas não devem jogar só papel", diz.
Mas, se onde você mora não há tratamento de esgoto, o papel vai parar em rios ou córregos, sobrecarregando-os de matéria orgânica para decompor. O melhor, nesse caso, é jogar o papel na lixeira, já que a coleta de lixo deve ser melhor que o sistema de esgoto.
Para a professora de microbiologia da UERJ, Vânia Merquior, 46, a escolha não deve ser feita por preocupação com a saúde. "A contaminação da lixeira não é significativa em termos microbiológicos." Ela explica que as bactérias sobrevivem só por algumas horas e que elas não circulam no ambiente se estiverem no cesto, como acontece, por exemplo, ao se dar descarga com a tampa aberta. "Mas se você jogar o papel no vaso sanitário, há mais chances de evitar o manuseio desse lixo por um terceiro", diz.
Pergunta enviada por Vilma Santos e Vera Roso, de SP.
Reportagem de Cyrus Afshar

Aproveito para dar meu depoimento: já morei em 17 casas e apartamentos diferentes nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, e durante toda a vida eu e minha família jogamos papel higiênico no vaso sanitário. Nunca houve um só episódio de entupimento. Hoje todos são adultos, cada um na sua casa, e continuam jogando papel higiênico no vaso sem problemas. Claro que o bom senso conta muito, como sempre. Grandes quantidades de papel de uma vez só ou qualquer outro tipo de lixo (absoventes, cotonetes, fraldas, etc) são problema na certa, por isso, mantenha uma lixeirinha no seu banheiro para tudo que não deve ir por água abaixo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Menos 800 sacolinhas e aumentando...

Em junho do ano passado, quando minha gata mais velha fez 14 anos, por curiosidade peguei a calculadora para descobrir quantas sacolinhas plásticas joguei no lixo com xixis e cocôs retirados da caixa de areia desde que ela veio para casa, com dois meses de idade. Quase caí para trás com o número 7.665, resultado de uma média de 1,5 sacolinhas por dia (alguns dias gastava 1, em outros 2, poucas vezes 3). Já há tempos vinha pensando que devia arrumar um jeito de substituir o plástico, mas diante desse número a questão virou urgente pra mim. Inventei então um envelope básico, muito simples, feito de jornal e um grampo, e que substitui perfeitamente as sacolinhas. O jornal, aliás, passou a ser o grande substituto do plástico aqui em casa, porque além de se decompor rapidamente no lixo, permite que o que está dentro dele se decomponha também. Já o saquinho plástico não só demora séculos para se desfazer como também atrapalha a degradação do que está dentro, que fica ali hermeticamente fechado durando muito mais do que se estivesse exposto ao ar. Abaixo as fotos do passo a passo do envelope, que demora 2 segundos para ser feito.

Trabalhe com duas, ou se preferir três folhas de jornal juntas. Dobre uma das pontas de baixo para dentro, passando mais ou menos dois dedos da dobra vertical do centro das folhas.

Dobre a outra ponta para dentro, passando também dois dedos do centro para o outro lado.

Vire para cima a pontinha que se formou embaixo e grampeie, para fechar o fundo do envelope.

Acabou, está pronto.

De vez em quando páro 5 minutos, faço diversos envelopes de uma vez e dobro cada um em quatro: um lado sobre o outro e a parte de baixo para cima, como se estivesse dobrando a folha aberta do jornal. Assim tenho sempre um estoque e não preciso fazer todo dia.
.
Na hora de usar é só segurar uma das abas para manter a boca do envelope aberta, encher de areia e etc, e no final dobrar tudo, fechando bem antes de colocar na lata de lixo.

E nesse último ano e meio NENHUMA sacolinha plástica foi para o lixo embalando lembranças dos gatos. Já são mais de 800 economizadas.
Em breve mostro outras maneiras de substituir o plástico pelo jornal na hora de embalar lixo.